Suinocultura

ACSURS 51 anos | Estrela: o berço da suinocultura brasileira

9 de novembro de 2023
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Entre uma das principais cadeias produtivas, a suinocultura brasileira teve sua grande transformação e modernização realizada e registrada em Estrela.

Em uma época marcada pela transição do porco banha para o porco carne, a transformação da cadeia produtiva e o melhoramento genético deram-se início aqui, município que era destaque na produção de suínos na época.

Em meio a toda essa mudança, no dia 13 de novembro 1955 era fundada a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), que trouxe esperança aos suinocultores, que dali para frente, enfrentariam muitos desafios.

Nesse período, em que a entidade liderava de forma pioneira o setor suinícola brasileiro, um expressivo trabalho de defesa e fomento em prol do setor foram realizadas.

Ações em busca de uma melhor remuneração, registros genealógicos, exposições, importação de animais e estruturação de núcleos municipais e regionais, marcaram os primeiros anos de atuação da entidade.

A conquista e a construção de uma sede própria com o auxílio da Prefeitura Municipal de Estrela, também marcou a história da ABCS. O órgão público efetuou a doação de dois terrenos, um deles foi vendido, para arcar com as despesas da construção do prédio, localizado no antigo Parque 20 de Maio, que até hoje abriga a entidade.

Com a expansão e a crescente demanda de responsabilidades e ações da entidade nacional, que atuava fortemente no Rio Grande do Sul, cria-se no dia 25 de novembro de 1972, por iniciativa do então presidente da ABCS, Hélio Miguel de Rose, em conjunto com sócios fundadores, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS).

Desde então, assim como em outros estados brasileiros, as entidades que trabalhavam em prol do mesmo objetivo, passaram a ter responsabilidades e atuações diferentes. Sendo assim, a ABCS começou a desempenhar um papel institucional entre associações estaduais, e a ACSURS, a trabalhar em busca da defesa e do direito dos suinocultores gaúchos.

No começo diversos desafios fizeram parte da trajetória da ACSURS e do mandato do suinocultor e presidente Hédio Scherer (in memoriam), que levou cerca de um ano para estruturar e dar seguimento ao que até então, era realizado pela ABCS.

Depois de alguns anos de muito trabalho e dividindo o mesmo espaço com a associação brasileira, já na gestão José Adão Braun (1977/1982 e 1989 /1998), a conquista da sede própria em 1977 e a inauguração da mesma em 1978, foi um marco na história da ACSURS.

Na época, o prédio localizado no antigo Parque 20 de Maio e ao lado da ABCS, onde até hoje é o endereço da entidade, custou Cr$ 580.000,000. O valor foi arrecadado através da colaboração dos associados, e também, com o auxílio do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Neste mesmo período, inaugurou-se também, a primeira Estação de Teste de Reprodutores de Suínos (ETRS) do Estado, em Linha Porongos, interior de Estrela. Com isso, as feiras, leilões e exposições com os melhores reprodutores tornaram-se tradicionais e ocorriam de forma frequente em diversos municípios gaúchos, com o objetivo de estimular a disseminação do melhoramento genético. As ações tinham o apoio da Secretaria Estadual de Agricultura, Emater/RS e prefeituras dos municípios anfitriões.

O Ministério da Agricultura, contribuiu com recursos financeiros para tornar o projeto realidade. Já a Prefeitura Municipal de Estrela, juntamente com a Secretaria da Agricultura, e o criador Edgar Braun, disponibilizaram terras para a construção do espaço.

Concomitantemente, outro projeto pioneiro era iniciado ainda 1975. Denominado Central de Inseminação Artificial em Suínos (CIAS), ele era colocado em prática, em um espaço provisório com baias e um pequeno laboratório, localizado atrás das sedes da ABCS e ACSURS.

A inovação, sugerida pelo então presidente da ABCS, de Rose, depois de uma viagem a Holanda, dava início a uma nova transformação no rebanho de suínos no país, através da inseminação artificial.

O médico veterinário, Wener Meicke, que entre os anos de 1983 a 1988 presidiu a entidade, iniciou de forma técnica o projeto e recebeu uma bolsa concedida pelo governo holandês, para que pudesse aprender e difundir a tecnologia no Brasil.

Como era uma técnica nova, e naquela época ainda aplicada apenas na reprodução de bovinos, o trabalho desenvolvido demandou muito cuidado e cautela dos profissionais que lideravam a pesquisa.

Mesmo com incerteza, o trabalho despenhado pela ACSURS com o apoio da ABCS, deu certo, e mudou o cenário do setor de forma revolucionária. Anos mais tarde, em 1979, por conta de sua expansão, a CIAS começou atuar junto com a ETRS, em Linha Porongos.

A partir disso, o melhoramento genético tornou-se ainda mais rápido e eficiente. A tecnologia contribuiu, facilitou e agilizou a evolução do processo e do trabalho desempenhado pela entidade. Com isso, empresas internacionais de programas genéticos, começaram a atuar no Brasil qualificando ainda mais o rebanho suíno.

Hoje, denominada de Central de Coleta e Processamento de Sêmen (CCPS), o que era apenas um projeto há mais de 40 anos atrás, é destaque e referência entre as empresas do segmento. Além disso, segue com o mesmo propósito, que é o de garantir a qualidade e o melhoramento genético do rebanho suíno do Rio Grande do Sul.

A participação da entidade nas programações da Expointer, já é tradicional há cerca de 40 anos. Acompanhando a evolução do cenário do setor, até 2011 acontecia a exposição e a premiação dos melhores animais, já agora, o foco da ACSURS, passou a ser a promoção da carne suína.

Já o Dia Estadual do Porco, que acontece de forma itinerante, é o principal evento político promovido pela entidade. São quase 50 anos, levando atualização do mercado para os suinocultores gaúchos.

Todo esse trabalho e dedicação foi seguido no mandato do ex-presidente e médico veterinário, Gilberto Moacir da Silva (1999 a 2005), e do suinocultor, Valdecir Luis Folador (2005 a 2025) que é o atual líder da entidade.

Fonte: Bruna Gomes Stahl | Assessora de Imprensa - ACSURS

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AURORA* - base suíno gordo

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AURORA* - base suíno leitão

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Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 5,40

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,50

Alibem - base creche e term.

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Alibem - base suíno leitão

R$ 5,25

BRF

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Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 4,40

Estrela Alimentos - base leitão

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JBS

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Pamplona* base term.

R$ 5,30

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,40
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