Porto Alegre, 3 de setembro de 2018 – Diversos estados do Brasil sofrem
com o problema de infestação e resistência das plantas daninhas, como é o
caso da região Sul como a Buva e o Azevém, por exemplo. Esse desafio impacta
diretamente no comportamento do agricultor, do mercado, e também, da
produtividade da lavoura.
Durante o XXXI Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas, entre
os dias 27 e 31 de agosto, no Rio de Janeiro, foram apresentadas soluções e
exemplos de manejo inteligente e como isso pode ajudar a reduzir a população
de plantas daninhas e proteger a plantação.
Segundo o gerente de boas práticas agrícolas da plataforma Intacta 2
Xtend(r) para o Brasil, Ramiro Ovejero, há hoje no país locais com
infestações mistas de plantas daninhas, ou seja, plantas de folhas largas e
estreitas, resistentes a mais de um herbicida, causando problemas ao agricultor
em uma mesma área. “Isso é um desafio não só para o agricultor, mas também
para os pesquisadores que estudam estes casos e para a indústria que busca
novas ferramentas para auxiliar o produtor a ter um bom resultado no controle de
pragas”, afirma.
Cada vez mais novas tecnologias e boas práticas agrícolas são
necessárias para que se possa fazer um controle correto das plantas daninhas. O
princípio do manejo inteligente, segundo o professor da Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/ USP), Pedro Christoffoleti, é, talvez, uma
das estratégias mais promissoras para se fazer frente às perdas de
produtividade e aumentos de custos de produção, provocados pelos quadros de
resistência de plantas daninhas. “Estima-se que as plantas daninhas reduzem a
produção em 34%”, explica o professor.
Exemplo a seguir
Os produtores estão investindo cada vez mais em um manejo integrado das
lavouras para alcançar bons resultados. Há quase 100 anos, a família de
Rogério Pacheco, do município de Carazinho, no Rio de Grande do Sul, trabalha
no campo. Ele é a terceira geração de produtor rural e produz soja desde a
década de 60. Pacheco foi um dos convidados do painel tecnológico sobre “O
futuro da biotecnologia diante do desafio no controle de plantas daninhas no
sistema agrícola”, durante o Congresso.
O agricultor destaca a necessidade de rotacionar herbicidas e culturas para
se ter um controle mais eficiente de pragas e o quanto o plantio direto o
ajudou a manejar plantas daninhas. “O plantio direto nos ensinou que o sistema
depende de muita palha. Essa palha é um herbicida natural, pois ela controla
fisicamente a erva. Não podemos deixar toda a responsabilidade para o químico.
Temos que também ter um manejo bem feito para reduzir o aparecimento das
plantas daninhas”, diz.
Com o manejo integrado feito da melhor forma, o uso correto dos químicos e
o plantio direto, o solo é envelopado, conservando a umidade e os nutrientes.
“Hoje, cerca de 90% da nossa área plantada tem minhoca no solo. Sabe o que
isso significa? Que tem vida no solo. A consequência disso tudo é a
produtividade”, relata o produtor gaúcho. As informações partem da
assessoria de imprensa de Intacta 2 Xtend.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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