Porto Alegre, 27 de outubro de 2015 – O secretário de Política Agrícola
do Ministério da Agricultura, André Nassar, defendeu nesta segunda-feira (26)
o aumento dos investimentos em infraestrutura e logística e em pesquisa e
inovação para um avanço ainda maior da produção agrícola. Em palestra no
Exame Fórum Agronegócio, em São Paulo, o secretário falou dos desafios da
agricultura brasileira e traçou um cenário otimista para os próximos anos.
As previsões de curto prazo mostram, segundo Nassar, que o Produto Interno
Bruto (PIB) do setor deve crescer entre 1% e 1,5%, em relação ao resultado do
ano passado. Para 2016, ele considera um aumento de até 1,7% na produção de
grãos, saltando para 213,5 milhões de toneladas, em comparação com a
produção estimada para este ano.
As estimativas de longo prazo apontam que até 2025 a área plantada deve
crescer em 8,7 milhões de hectares para o plantio de grãos e em 2,2 milhões
de hectares nas demais lavouras, exceto florestas. Um dos maiores desafios para
garantir um desenvolvimento mais expressivo do setor, na avaliação do
secretário, dependerá do aumento dos investimentos em infraestrutura e
logística e em pesquisa e inovação.
Citou como exemplo as propostas do governo para investimentos em hidrovias,
rodovias federais e estaduais, portos e reformulação das operações de
cabotagem, para facilitar o escoamento da safra.
André Nassar relatou aos empresários os esforços da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o sucesso da empresa na política de baixo
carbono, além de comentar os resultados da empresa na preservação de
pastagens, tema que dominou os debates. Os dirigentes de empresas presentes no
Fórum reconheceram que a produção agrícola sofreu muita mudança e que a
preocupação com a sustentabilidade “veio para ficar”.
Os debates giraram em torno do compromisso do governo com as metas para a
COP 21, que se realiza em dezembro em Paris. O secretário garantiu que as metas
definidas pelo governo brasileiro – como a recuperação de 15 milhões de
hectares de pastagens – serão atingidas. Reconheceu que limitações de
crédito podem ocorrer, mas, mesmo assim, o governo está comprometido com
harmonização entre campo e meio ambiente.
André Nassar citou os estudos do Ministério da Agricultura para reforçar
financeiramente o orçamento da Embrapa, dependente de recursos oficiais, e
falou da possibilidade de parcerias com entidades privadas para o
desenvolvimento de pesquisa e novas tecnologias.
O acesso às novas tecnologias também chamou atenção no debate Exame
Fórum Agronegócio: A agricultura do futuro. Durante o encontro, foram
apresentadas as experiências de startups do setor agrícola, com modelos de
monitoramento da produção pecuária até a oferta ao consumidor, uso de drones
para identificar regiões com problemas no plantio, desenvolvimento de
softwares que permitem aperfeiçoar a gestão do negócio, além de opções
para substituição do uso de agroquímicos por um controle biológico das
pragas. As informações partem da assessoria de comunicação social do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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