Porto Alegre, 11 de abril de 2019 – A ministra Tereza Cristina
(Agricultura, Pecuária e Abastecimento) declarou nesta quarta-feira (10) que
está convencida de que as relações comerciais entre o Brasil e os países
árabes poderão ser intensificadas.
A declaração foi feita em jantar promovido pelo Ministério em parceria
com a Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA) com objetivo de
fortalecer a parcerias comercial entre o agro brasileiro e o mundo islâmico.
Ao lado do presidente Jair Bolsonaro e do ministro das Relações
Exteriores, Ernesto Araújo, a ministra Tereza Cristina destacou aos 37
embaixadores árabes presentes no jantar que “o Brasil e o mundo islâmico
estão unidos por laços de amizade sólidos e longevos”. O anfitrião do
jantar foi o presidente da CNA, João Martins, que deu as boas-vindas aos
convidados.
Numa breve fala, o presidente Jair Bolsonaro agradeceu o convite para
participar do jantar e afirmou que “esses laços comerciais cada vez mais se
transformem em laços de amizade, de respeito e fraternidade”.
Bolsonaro ressaltou que no Brasil vivem pessoas do mundo todo em boa
convivência e que o país “prima pela democracia e pela liberdade”.
O presidente disse que pretende visitar os países árabes em breve. “O
nosso governo está de braços abertos a todos, sem exceção”, concluiu
Bolsonaro.
A ministra sinalizou que a relação comercial, para ser duradoura e
permanente, deve se basear “na complementariedade das duas economias
envolvidas” e, principalmente, na confiança construída entre os países ao
longo de mais de um século.
“É com base nessa confiança e no dinamismo das trocas já estabelecidas
que estou convencida de que essas relações têm tudo para intensificar-se
muito mais num futuro imediato”.
Em um breve discurso, Tereza Cristina citou alguns aspectos históricos e
culturais que marcam a relação entre o Brasil e o mundo árabe, como a fé
muçulmana, hoje professada por mais de um milhão de brasileiros.
“Hoje, os dois grupos, tanto os brasileiros de fé muçulmana, quanto os
originários desse universo cultural aqui, convivem irmanados com os brasileiros
de toda origem e de toda fé. E vivem orgulhosos da contribuição que
prestaram e prestam para que aqui se assentasse uma sociedade plural e
dinâmica, que tem na convivência pacífica um de seus valores fundamentais”.
A ministra ressaltou que a irmandade transcendeu o mundo cultural e
contribuiu para o estabelecimento de uma parceria comercial intensa entre o
Brasil e os países de maioria islâmica. Tereza Cristina enfatizou que as
nações que compõem a Organização para Cooperação Islâmica absorvem 19%
das exportações agropecuárias brasileiras.
“Em 2018, isso representou uma cifra de nada menos que US$ 16 bilhões.
Neste montante, estão compreendidos 58% de nossas vendas de cana de açúcar,
37% das carnes de frango e 23% das carnes bovinas. Números assim não são
frutos do acaso”, afirmou.
Tereza Cristina lembrou que essa relação se deve às condições
singulares do brasil, como abundância de terras, água, capacidade tecnológica
do setor agroindustrial e a credibilidade do setor produtivo brasileiro.
“Tudo isso fez do Brasil um grande produtor de alimentos que ainda está
longe de esgotar todo seu potencial. Como poucos países no mundo temos
condições de continuar expandindo nossa produção de maneira social,
econômica e ambientalmente sustentável. Em outras palavras, contribuímos e
continuaremos a contribuir para a segurança alimentar e nutricional de todo o
planeta, fornecendo alimentos de qualidade a preços justos a mais de 1 bilhão
de pessoas por dia”.
A ministra reiterou que o Brasil segue os princípios do mercado islâmico
na expansão do agronegócio, bem como as exigências dos consumidores árabes,
que conhecem e aprovam os produtos brasileiros.
Tereza Cristina também destacou que o Brasil se orgulha de ser hoje um dos
maiores exportadores de proteína halal do mundo.
Por fim, a ministra elogiou o princípio do mundo islâmico “de olhar para
o futuro sem perder o alicerce da tradição” e reafirmou que o legado da
amizade e cooperação dos parceiros comerciais. As informações partem da
assessoria de imprensa do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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