Porto Alegre, 18 de novembro de 2015 – Em reunião nesta quarta-feira
(18) com o ministro da Agricultura da China, Han Changfu, a ministra Kátia
Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) destacou a necessidade de o
Mercosul e o país asiático avançarem em um acordo de preferências
tarifárias.
A ministra está em missão oficial a Pequim, onde anunciou a
habilitação de sete novas plantas frigoríficas para exportação de carnes
bovina, suína e de aves para a China. O país é o último visitado pela
delegação brasileira na viagem à Ásia, que antes passou pela Arábia
Saudita, pelos Emirados Árabes e pela India.
“Precisamos avançar em um acordo de preferências tarifárias. Hoje a
corrente de comércio entre Brasil e China soma US$ 78 bilhões e poderemos
chegar a US$ 100 bilhões rapidamente. Um acordo entre nossos países seria um
grande acontecimento”, afirmou Kátia Abreu ao ministro chinês, que
manifestou apoio à iniciativa.
Segundo a ministra, o Uruguai – que assumirá a presidência do
Mercosul em dezembro – já demonstrou interesse em propor a criação de um
grupo de trabalho para dar início às discussões sobre o tema. A Organização
Mundial do Comércio (OMC) permite que países em desenvolvimento concedam
preferências tarifárias entre si, a chamada “cláusula de habilitação”.
Além de reduzir tarifas, disse Kátia Abreu, os países precisam
harmonizar regras e procedimentos. “As tarifas podem chegar a zero, mas
continua sendo muito importante convergirmos regras no sentido de facilitar e
sintonizar nossa burocracia”, assinalou.
Transgênicos
A sincronia entre Brasil e China na aprovação de organismos
geneticamente modificados (OGMs) também foi tema levantado pela ministra. Ela
afirmou que é necessária convergência técnica e de regulação em
transgênicos, a fim de gerar confiabilidade a chineses e brasileiros.
“Solicitamos não apenas rapidez na aprovação, mas também na busca
por um mecanismo que forneça mais informações, de forma a deixar chineses e
brasileiros mais tranquilos em relação a esses alimentos”, observou.
A ministra ressaltou ainda que o sistema de aprovação de OGMs no
Brasil é bastante rigoroso e transparente, destacando a necessidade de dar
rápido prosseguimento à cooperação entre a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) e a Academia Chinesa de Ciências Agrícolas (CAAS).
“Seria importante para os dois países, pois somos grandes produtores
de grãos, e a China, grande comprador. Tudo que pudermos investir em pesquisa e
inovação no sentido de trazer mais qualidade e menor custo na produção de
alimentos deve ser feito”, comentou Kátia Abreu. As informações partem da
Assessoria de Imprensa do Mapa.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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