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AGRONEGÓCIO: Superávit do setor alcança US$ 7,79 bi em março – MAPA

9 de abril de 2018
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Porto Alegre, 9 de abril de 2018 – As exportações do agronegócio somaram
US$ 9,08 bilhões, em março, registrando crescimento de 4,1% em relação ao
mesmo mês do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 8,73 bilhões. As
importações de produtos do setor alcançaram US$ 1,29 bilhão (-6,9% abaixo de
março de 2017). Como resultado, a balança comercial do setor registrou saldo
positivo da ordem de US$ 7,79 bilhões.

Os produtos do agronegócio representaram 45,2% do total das vendas
externas brasileiras no mês, com aumento de quase dois pontos percentuais de
participação comparado a março do ano passado.

Os produtos de origem vegetal foram os que mais contribuíram para o
crescimento das exportações do setor, com incremento de US$ 417,08 milhões,
principalmente em função de produtos florestais, cujas vendas externas foram
US$ 374,49 milhões superiores. Se destacaram outros setores, como sucos (+US$
107,51 milhões); cereais, farinhas e preparações (+US$ 93,55 milhões); fumo
e seus produtos (+US$ 78,84 milhões) e fibras e produtos têxteis (+US$ 27,97
milhões).

Quanto ao valor exportado destacaram-se: complexo soja (44,3%), carnes
(14,8%), produtos florestais (13,9%), complexo sucroalcooleiro (7,0%) e café
(4,5%). Os cinco setores representam 84,4% das exportações do setor.

O complexo soja registrou montante de US$ 4,03 bilhões em exportações no
mês, o que representou queda de 0,8% sobre março/2017. A redução na
quantidade embarcada do grão (-1,8%), aliada a um preço médio 1% inferior,
resultou na redução, em valor, de 2,8%, passando de US$ 3,53 bilhões em
março de 2017 para US$ 3,44 bilhões, explica o coordenador de Competitividade
do Departamento de acesso a Mercados do Mapa, Luiz Fernando Wosch.

Já as exportações de farelo de soja registraram crescimento de 16,8%,
atingindo US$ 507,14 milhões, enquanto as exportações de óleo de soja
diminuíram 5,8%, com US$ 84,47 milhões.

Recorde

As carnes ocuparam a segunda posição no ranking, alcançando US$ 1,34
bilhão, praticamente o mesmo valor registrado no mês em 2017. O principal
produto do setor foi a carne bovina, cujas vendas foram de US$ 591,97 milhões,
recorde histórico para março. Em relação ao mesmo mês em 2017 houve
incremento de 22,1% das vendas, em função da ampliação da quantidade em
24,1%, que compensou a queda de 1,6% no preço.

As exportações de frango apresentaram queda de 9,7%, com US$ 580,59
milhões. Além da retração da quantidade (-1,6%), houve queda no preço
médio do produto (-8,2%). Também houve queda nas vendas de carne suína
(-23,4%), decorrentes tanto da retração na quantidade embarcada (-7,8%),
quanto do preço (-16,9%).

Importações

As importações de produtos do agronegócio sofreram queda de US$ 96,09
milhões na comparação com março de 2017 e março de 2018. Os principais
produtos adquiridos pelo Brasil foram: pescados (US$ 142,72 milhões); álcool
etílico (US$ 135,19 milhões); trigo (US$ 87,73 milhões); papel (US$ 78,73
milhões) e vestuário e produtos têxteis de algodão (US$ 58,35 milhões).

Além dos pescados e do trigo, outros produtos que tiveram as maiores
reduções em importações foram arroz (-US$ 30,93 milhões); lácteos (-US$
22,53 milhões) e malte (-US$ 15,24 milhões

Destinos

A Ásia se manteve como principal região de destino das exportações do
agronegócio, somando US$ 4,65 bilhões. A União Europeia ocupou a segunda
posição no ranking de blocos econômicos e regiões geográficas de destino
das vendas externas do agronegócio brasileiro no mês. Houve crescimento de
22,9% nas vendas ao mercado, decorrentes, principalmente, do aumento nas
exportações de celulose (+162,6%); soja em grãos (+59,7%); sucos de laranja
(+38,8%); fumo não manufaturado (+120,2%) e farelo de soja (+12,9%).

Acumulado no ano

No acumulado do primeiro trimestre de 2018, as exportações brasileiras do
agronegócio atingiram US$ 21,47 bilhões, cifra que supera em 4,6% o resultado
de igual período do ano passado, significando recorde para resultados de
janeiro a março. Tal acréscimo atribui-se ao aumento de 6,7% na quantidade
embarcada, uma vez que houve queda de 1,9% no índice de preço.

As importações recuaram 3,9% no trimestre, caindo de US$ 3,76 bilhões
para US$ 3,61 bilhões, desempenho explicado, sobretudo, pela queda de 3,8% no
índice de quantidade, enquanto o índice de preço teve ligeiro decréscimo
de 0,1%, de acordo com Luiz Fernando Wosch.

Com isso, o superávit comercial do agronegócio subiu de US$ 16,76
bilhões para US$ 17,86 bilhões, constituindo cifra recorde para períodos de
janeiro-março.

Resultado em 12 meses

As exportações do agronegócio atingiram US$ 96,96 bilhões nos últimos
12 meses, apurados entre abril de 2017 e março deste ano. O número representa
crescimento de 13,5% em relação aos US$ 85,42 bilhões exportados entre abril
de 2016 e março de 2017. O incremento das exportações ocorreu em função,
principalmente, do aumento da quantidade exportada, que subiu 13%. O índice que
mede o preço das exportações apresentou alta de 0,5%.

As importações do agronegócio diminuíram de US$ 14,35 bilhões entre
abril de 2016 e março de 2017 para US$ 14,01 bilhões entre abril de 2017 e
março de 2018 (-2,4%). A queda de 9,6% no índice de preço dos produtos
importados explica, em grande parte, a redução do valor das importações. O
quantum importado, por outro lado, aumentou 8,0%.

O crescimento das exportações com concomitante redução das
importações fez com que o saldo comercial do agronegócio aumentasse de US$
71,07 bilhões registrados entre abril de 2016 e março de 2017 para US$ 82,96
bilhões entre abril de 2017 e março de 2018.

Os cinco principais setores exportadores do agronegócio apurados em 12
meses foram: complexo soja (participação de 32,7% nas exportações do
agronegócio); carnes (participação de 15,9%); produtos florestais
(participação de 12,8%); complexo sucroalcooleiro (participação de 11,8%); e
cereais, farinhas e preparações (participação de 5,8%).

O coordenador de Competitividade do Departamento de Acesso a Mercados do
Mapa observou que, na relação dos vinte maiores importadores do agronegócio,
tiveram crescimento na aquisição de produtos brasileiros em índices acima de
30%: Egito (+92,4%; US$ 2,15 bilhões); Espanha (+49,7%; US$ 2,12 bilhões);
Bangladesh (+41,3%; US$ 1,51 bilhão); Vietnã (+33,6%; US$ 1,46 bilhão);
Emirados Árabes Unidos (+33,5%; US$ 1,76 bilhão); e Hong Kong (+31,1%; US$
2,67 bilhões).

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