Porto Alegre, 04 de dezembro de 2015 – O ajuste das alíquotas mineiras
de ICMS em relação aos outros estados e a adoção de uma política externa
que vise ao desenvolvimento econômico do país foram as recomendações do
presidente da FAEMG, Roberto Simões, ao discutir possíveis medidas para
recuperar a economia mineira, durante o Ciclo de Debates: Retomada do
Desenvolvimento Econômico, promovido pela Assembleia Legislativa de Minas
Gerais.
“A continuidade do bom desempenho do agronegócio necessita de um estado
mais aberto e mais competitivo. Observando a cadeia, no âmbito estadual, é
necessário ajustar as alíquotas de ICMS como uma das ações para atrair e
manter empreendimentos ou aderir à guerra fiscal. Outra opção é trabalhar
pela aprovação da proposta de alíquota única apresentada pela União. O fato
é que estamos perdendo investimentos para outros estados. É urgente que Minas
corrija esse quadro”.
“No âmbito federal, há a necessidade de rever a política comercial
externa. Precisamos investir em negociações que visem ao desenvolvimento
econômico do país e a retomada do crescimento. Enquanto negociamos com países
de mercados pequenos, nossos vizinhos entraram no acordo do Pacífico Sul,
colocando em risco nosso comércio com a China, principalmente de grãos. O
Mercosul é outro entrave que precisa ser revisto. Enfim, corremos o risco de
perder espaço no mercado internacional”.
Ao detalhar as necessidades do setor agropecuário, o presidente da FAEMG
enfatizou que a demanda pelos produtos agrícolas é garantida pelo crescimento
populacional e disse que há capacidade instalada para aumentar a produção,
mas reforçou ser fundamental que a estrutura de apoio seja aprimorada. Segundo
ele, dos pontos que necessitam de investimento a infraestrutura de transporte e
armazenamento são prioritários: “Não adianta produzirmos mais se não
conseguirmos armazenar e escoar a produção. Não queremos desperdício”.
O desenvolvimento de tecnologias que aumentem a produtividade também foi
apontado como indispensável: “Nosso desejo é produzir sustentavelmente,
ampliando a produtividade, mas para isso precisamos de mais pesquisas e
inovações; o que requer também investimentos em extensão rural, para que o
conhecimento produzido nas academias e nas empresas seja traduzido para o homem
do campo”.
Outro ponto essencial para continuar aumentando a produção é o
estabelecimento de uma política de crédito agrícola, acessível a todos os
produtores e que libere recursos no volume e tempo corretos, bem como a
expansão do seguro agrícola: “Nossa vontade de produzir é tanta que
plantamos e criamos sem seguro, nos arriscando a perder tudo com chuvas, secas,
pragas e tempestades políticas e econômicas. O crédito é outro problema,
não sai em tempo nem volume necessários; não chega a todos. Tem produtor
usando o cartão de crédito para custear a safra”. As informações partem da
Assessoria de Comunicação da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado
de Minas Gerais.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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