Porto Alegre, 5 de agosto de 2022 – Com a chegada do inverno em Mato Grosso, marcado pelas altas
temperaturas e clima seco, o pecuarista tem que ficar atento para a proteção do gado do calor
excessivo. Comum nesta época do ano, o sol muito forte pode afetar a saúde dos animais, o bom
desempenho e a produtividade do rebanho.
O diretor-técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), médico veterinário
Francisco Manzi, explica que neste período o pecuarista deve adotar medidas para proporcionar o
bem-estar dos bovinos e, com isso, evitar o desconforto e o estresse do animal.
Os animais têm uma temperatura de conforto, que é na faixa de 22 a 24 graus. Quando passa
disso, o animal vai gastar energia para manter o que chamamos de homeotermia. Assim como nos seres
humanos. Quando o animal está com frio, treme para esquentar e no calor transpira para esfriar. No
calor intenso, o animal começa a transpirar e pode chegar até a ventilar, que é aquela
respiração ofegante, e com isso tem desconforto, perda de apetite e consequentemente diminuição
da produtividade, disse.
Para evitar esses problemas, o sombreamento das pastagens, por meio de árvores e áreas de
sombra, são as alternativas indicadas para minimizar o impacto do calor excessivo. Produtores que
adotam o sistema de integração lavoura-pecuária- floresta conseguem melhorar a sensação
térmica com o plantio de espécies produtivas, como o eucalipto.
Fazer esse plantio próximo as praças de alimentação é uma alternativa para que os animais
se refugiem do calor e tenham um melhor desempenho, melhor índice de prenhez nas vacas e também
melhor ganho em peso, explicou Francisco Manzi.
Além da sombra, a oferta de água limpa e em abundância também ajuda no resfriamento do
organismo do animal e melhora a sensação de bem-estar dos animais, que naturalmente já buscam se
refrescar nas horas mais quentes do dia.
Observamos que neste período quente os animais pastam somente nas horas mais frescas do dia:
ele levanta cedo, come, vai para a sombra para ruminar e, somente no final da tarde, o animal volta
para comer. Isso demonstra a importância de se ter áreas sombreadas onde os animais possam se
refrescar, encerrou Francisco Manzi. As informações são da Associação dos Criadores de Mato
Grosso (Acrimat).
Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 08/05/2025 09:40