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AGROPECUÁRIA: Governador do PR defende redução de juros para setor

20 de fevereiro de 2017
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Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2017 – O governador do Paraná, Beto
Richa, defende a redução da taxa de juros do crédito rural para financiamento
da próxima safra de verão 2017/18. Ele diz que essa é uma medida
determinante para o setor agrícola, para que o setor contribua positivamente
para a sustentação da balança comercial brasileira. “O agronegócio tem
sido a sustentação da economia para o País e para os Estados, neste período
de crise e desemprego acentuado”, afirmou.

A defesa da queda dos juros foi recomendada pelo governador à Secretaria
estadual da Agricultura e Abastecimento, cujos representantes participaram de
reunião promovida pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para
discutir propostas para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) para a safra
2017/18.

A CNA escolheu Curitiba, na sede da Federação da Agricultura do Estado do
Paraná (Faep), para sediar o encontro, que reuniu representantes dos governos
e dos produtores dos três estados do Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa
Catarina), que também apresentaram suas propostas.

A Secretaria estadual da Agricultura defendeu como ponto principal a
necessidade de redução de três pontos percentuais da taxa de juros, que
atualmente varia de 8,75% a 9,5% ao ano, em todas as linhas. Conforme a
proposta, essa redução deve ser válida para as linhas de custeio,
investimento e comercialização.

Foi consenso de todas as instituições participantes e dos produtores
rurais que as taxas de juros precisam ser reduzidas para que o País volte a
crescer e a gerar emprego e renda, para sair da recessão.

Para o secretário de Agricultura do PR, Norberto Ortigara, a redução das
taxas de juros do crédito rural para a próxima safra é imprescindível e
deve acompanhar a redução da inflação e da própria taxa Selic. “Usamos o
mesmo argumento adotado pelo Governo Federal em 2015 e 2016, quando justificou a
necessidade de elevar os juros em função dos elevados índices de inflação
e taxa Selic. Agora, com esses indicadores em baixa, é justo e natural que os
juros caiam, mantendo estimulado e aquecido o único setor em crescimento no
Brasil”, afirmou.

Ortigara disse ainda que a Agricultura precisa ser apoiada efetivamente
pela política econômica do governo federal, porque em 2016 o setor foi
decisivo para o superávit da balança comercial. Segundo ele, as exportações
do agronegócio brasileiro somaram U$S 84,93 bilhões e nesse volume o Paraná
contribuiu com 13,5%, alcançando a U$S11,5 bilhões.

O diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Simioni,
lembra que a CNA está promovendo seis workshops no Brasil, nos quais reúne as
representações do setor agropecuário, lideranças públicas e privadas,
produtores rurais e técnico. A intenção é contemplar as peculiaridades de
cada região e identificar com antecedência as necessidades do setor para
elaboração do Plano Agrícola e Pecuário (PAP).

Todos os anos a Faep, a Ocepar, a Secretaria da Agricultura e as
instituições ligadas ao agronegócio paranaense se reúnem para discutir e
elaborar as propostas para o Plano, numa ação sincronizada com todas as demais
regiões do país. Este ano soma-se a esses trabalhos o apoio e as
contribuições da CNA, que encaminhará documento único ao Ministério da
Agricultura, sugerindo e defendendo as normas para a próxima safra de verão
que deverá iniciar a partir do final de agosto/17.

Com as normas publicadas, volume de recursos aprovados, taxas de juros
definidas, linhas de crédito para custeio, investimento e comercialização
publicadas com antecedência, os produtores rurais poderão planejar com mais
segurança as atividades que vão desde o pré plantio até a comercialização,
destacou Simioni.

Além das taxas de juros, foram trabalhadas propostas para adequação e
priorização de linhas de crédito de custeio e investimento e ampliação de
programas como o de Agricultura de Baixo Carbono (ABC).

Nesse programa, está sendo proposto ao Governo Federal a criação do ABC
Ambiental, para a permitir o financiamento para manutenção das curvas de
nível e terraceamento, prática indispensável para conservação de solos e
uso da água.

De acordo com o secretário Norberto Ortigara, a falta de manutenção
desses terraços traz consequências extremamente danosas ao meio ambiente e aos
produtores rurais, reduzindo drasticamente os níveis de produtividade e renda.

Também foram estudadas propostas para ampliação do volume de recursos
controlados com taxas de juros subvencionadas pelo Tesouro Nacional; aumento dos
limites de financiamento aos produtores e cooperativas; o Zoneamento Agrícola
de Risco Climático; a ampliação dos recursos para o Programa de Seguro Rural;
a adequação das normas do Proagro; políticas de apoio à comercialização e
o realinhamento dos preços mínimos de garantia, face aos aumentos dos custos
de produção.

As propostas elaboradas nesse workshop serão sistematizadas e agrupadas
às demais de outras regiões do país, considerando que estão sendo promovidos
mais cinco reuniões, para posteriormente ser elaborado um documento final que
será encaminhado na segunda quinzena de março ao Ministério da Agricultura e
demais autoridades federais.

Participaram do encontro, em Curitiba, cerca de 40 pessoas entre
representantes da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep),
Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Federação da
Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), representantes do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Confederação
Nacional da Agricultura (CNA), do Sindicato e Organização das Cooperativas do
Estado do Paraná (Ocepar), produtores rurais e técnicos ligados ao setor
produtivo. As informações partem da Agência de Notícias do Paraná.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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