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BIOCOMBUSTIVEIS: CEO da Ubrabio defende no Senado banimento do diesel S 500

6 de outubro de 2021
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Porto Alegre, 6 de outubro de 2021 – Durante audiência pública realizada
na terça-feira (5) na Comissão de Infraestrutura do Senado para tratar da
mistura do biodiesel ao diesel de petróleo, o diretor superintendente da União
Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, defendeu o
banimento do diesel S 500, combustível de origem fóssil que representa 45% do
consumo nacional e é responsável por lançar uma grande quantidade de enxofre
na atmosfera.

“O Brasil utiliza um diesel que provoca poluição, causa doenças e mata
brasileiros. Adversário do biodiesel é adversário da vida”, disse
Donizete. E acrescentou: “Essa discussão deve ser travada exatamente para os
cidadãos, para as pessoas, e o que nós vimos nessa coalisão que se apresentou
antes aqui contra o uso do biodiesel na mistura do biodiesel, foi mais
defendendo as máquinas. Nós temos que nos preocupar com o entupimento das
veias das pessoas que sofrem com a poluição causada pelos combustíveis
fósseis”.

O dirigente da Ubrabio citou a Organização Mundial da Saúde (OMS) que
constatou mais de 50 mil mortes em 2018 e milhões de internações por doenças
causadas pela poluição veicular, obrigando o ministério da Saúde a gastar
R$ 22 bilhões com sua rede hospitalar para tratar pacientes com estas
enfermidades. Em todo o mundo morrem precocemente cerca de 7 milhões de pessoas
pelas mesmas causas.

Segundo Donizete, além de lançar enxofre na atmosfera, o diesel S 500
também tem elevado teor de água, o que também demonstra a baixa qualidade do
produto. “Isto demonstra que os problemas de qualidade no diesel vendido ao
consumidor não podem ser atribuídos ao biodiesel. O consumidor utiliza o
diesel já misturado e não biodiesel puro”, lembrou Donizete. Ele ressaltou
que antes da mistura obrigatória do biodiesel ao diesel de petróleo, o índice
de conformidade do combustível era de 10%. Com a entrada do biodiesel no
mercado, o índice de conformidade medido pelos órgãos públicos subiu para
97%.

O dirigente da Ubrabio refutou as afirmações feitas por representantes
da indústria automobilística, da produção e distribuição de combustíveis
fósseis de que o biodiesel provoca problemas mecânicos nos motores com o uso
de percentual de mistura acima de 10%. Ele citou o exemplo dos EUA onde, a
depender do Estado e da estação do ano, há uma variação entre 5% a 20% de
mistura de biodiesel ao diesel fóssil que abastecem os mesmos veículos e
equipamentos utilizados no Brasil. “Em Minnesota, que é um estado muito frio,
no período de mais frio eles misturam 5% e no período quente a mistura é de
20%”, exemplificou.

Levantamento feito pela Ubrabio revelam que é inócua a justificativa
adotada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de reduzir o
percentual de mistura para amenizar o impacto do preço do óleo de soja na
produção do biocombustível. A variação média de preço do diesel B entre
postos de abastecimento do Mato Grosso, por exemplo, chega a 19%, enquanto que o
percentual de redução do preço final do diesel com o corte no volume de
biodiesel é de menos de um por cento.

“O que vale mais para a sociedade, o impacto de menos de 2% no preço
final do diesel ou todos os benefícios que valorizam o cidadão e o emprego.
Temos que considerar o valor e não apenas o preço do biodiesel e sua
contabilidade sócio, econômica e ambiental”, questionou Donizete. A Ubrabio
defende a manutenção da programação da mistura de biodiesel ao diesel
fóssil prevista na lei e que deveria ser de 13% este ano, 14% no próximo ano e
de 15% em 2023.

Na sessão da comissão presidida pelo senador Welington Roberto (PL-MT),
Donizete enumerou os benefícios de toda a cadeia de produção do biodiesel
para a economia, com investimentos acumulados que chegam a R$ 9 bilhões em mais
de 50 plantas industriais espalhadas pelo interior do país, geração de
emprego e renda, além do envolvimento de 300 mil trabalhadores da agricultura
familiar que fornecem matérias primas para a produção do biocombustível.

Na sua palestra, Donizete também abordou os benefícios do biodiesel para
a segurança energética, com a oferta de mais uma opção de combustível, e
garantia da produção de alimentos com a maior oferta de farelo de soja para
alimentação de animais e produção de proteínas, agregando valor a
importantes setores do agronegócio. “Estamos tratando aqui de um
biocombustível que representa desenvolvimento nacional, saúde e geração de
emprego e renda”, disse o dirigente da Ubrabio.

A sessão da comissão presidida pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT)
também contou com a participação do Coordenador Geral do programa Renovabio,
Fábio Vinhado. O assessor do Ministério de Minas e Energia lembrou que foram
realizados testes dos motores a diesel com participação de 18 empresas
associadas à Anfavea, Abimaq e Sindipeças, sob a coordenação do departamento
de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia.

Segundo ele, os testes foram robustos, extensos e avaliaram a
compatibilidade química, partida a frio, dirigibilidade e desempenho,
emissões, estabilidade de oxidação, restrição ao fluxo, capacidade de
sedimentação, análise do combustível, durabilidade e a contaminação do
óleo lubrificante para a evolução percentual da mistura. Vinhado também
citou os estudos complementares para avaliar a estabilidade do combustível e a
conclusão positiva permitiu que a Agência Nacional de Petróleo (ANP)
definisse a evolução do percentual de mistura até chegar a 15% em 2023.

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