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BIODIESEL: Mercado expande devido a maiores exigências de descarbonização, aponta OCDE – FAO

10 de agosto de 2022
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Porto Alegre, 10 de agosto de 2022 – Após a recuperação econômica em 2021 e o levantamento
de restrições de mobilidade, o mercado de combustíveis fósseis e biocombustíveis se recuperou.
No entanto, o consumo de etanol ainda não voltou ao nível de 2019. O mercado de biodiesel
expandiu, devido a maiores exigências de mistura, créditos fiscais, subsídios diretos e
iniciativas de descarbonização no mercado. As informações são do estudo da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura (FAO).

Preços de matéria-prima mais altos (óleo vegetal, milho, cana-de-açúcar e melaço) e
gargalos nas cadeias de abastecimento domésticas aumentaram custos de produção e produção
limitada de biocombustíveis na maioria dos países e regiões. A Perspectiva prevê que mercados de
biocombustíveis permanecem em grande parte impulsionados pela demanda de combustíveis fósseis e
significativamente influenciados por políticas de apoio. No médio prazo, os países de renda
média devem liderar o mercado de biocombustíveis implementando mandatos de mistura e fornecendo
subsídios para apoiar a produção doméstica e o uso de combustíveis misturados. Nos países de
alta renda, a expansão dos biocombustíveis será limitada devido à diminuição da demanda de
combustível fóssil e incentivos políticos reduzidos.

Espera-se que o uso global de biocombustíveis cresça durante o período de projeção. A
Energia Mundial IEA (sigla em inglês) O Outlook (no qual se baseiam as projeções de demanda de
combustíveis fósseis deste Outlook) prevê uma redução no uso total de combustível de
transporte na União Europeia e nos Estados Unidos, sugerindo potencial de crescimento limitado para
o consumo de biocombustíveis. Nos Estados Unidos, a demanda por biocombustíveis deverá ser
sustentada pelo regime pós-Renewable Fuel Standard (RFS) e o consumo será quase constante durante
a projeção período.

Na União Europeia, a RED II (Diretiva de Energia Renovável) classificou o óleo de palma
biodiesel sob uma alta categoria de risco ILUC (Indirect Land Use Change) como potencialmente
aumentando o efeito estufa emissões de gases (GEE) do desmatamento ou da conversão em terras
agrícolas. Limita o uso de óleo de palma por cumprindo certas regras e esquemas de certificação.
Consequentemente, o consumo de biodiesel à base de óleo de palma deverá diminuir, causando um
impacto negativo na demanda total de biodiesel.

As tendências de consumo de combustível e os desenvolvimentos de políticas nas economias
emergentes também desempenham um papel significativo.

Devido ao alto teor de óleo de soja preços e custos de produção crescentes, o governo da
Argentina reduziu a taxa de mistura de biodiesel para 5% em 2021. Embora, durante o período de
projeção o consumo de combustível e a taxa de mistura devam aumentar, o uso total de biodiesel
permanecerá abaixo dos níveis pré-covid-19.

Na India, o etanol de cana-de-açúcar deve contribuir significativamente para atingir uma taxa
de mistura de etanol de cerca de 20% até 2031, embora ainda em queda aquém da meta do governo E20.
Globalmente, o biocombustível continuará a ser produzido predominantemente a partir de
matérias-primas tradicionais: milho e cana-de-açúcar para etanol e óleo vegetal para produção
de biodiesel.

A covid-19 reduziu a disponibilidade de óleo de cozinha (UCO) em muitos países, devido ao
fechamento de restaurantes. No entanto, o biodiesel à base de OAU prevê-se que a produção
recupere e continue a desempenhar um papel importante na União Europeia, Estados Unidos e
Cingapura. Na maioria dos países, as políticas de biocombustíveis visam objetivos domésticos
visando reduzir Emissões de GEE e dependência de combustíveis fósseis, apoiando os produtores
agrícolas nacionais.

A produção doméstica normalmente cobre a maior parte da demanda, deixando o comércio
internacional relativamente baixo. Até 2031, o comércio mundial de biodiesel deverá diminuir para
10% da produção total, mas o comércio de etanol permanecerá em cerca de 7,5%.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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