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CAFÉ: Brasil exporta 3,11 milhões de sacas em setembro – Cecafé

13 de outubro de 2021
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Porto Alegre, 13 de outubro de 2021 – As exportações brasileiras de
café totalizaram 3.111.905 sacas de 60 kg e renderam US$ 518,2 milhões em
setembro deste ano, desempenho que implica queda de 26,5% em volume, mas leve
avanço de 0,5% em receita cambial na comparação com o mesmo mês de 2020. A
evolução no ingresso de divisas reflete as altas cotações da commodity no
mercado internacional, tanto que o preço médio das remessas foi de US$ 166,52
por saca, 36,7% acima dos US$ 121,79 aferidos em setembro do ano passado. Os
dados fazem parte do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores
de Café do Brasil (Cecafé).

Com o resultado, as exportações de café do país, nos três primeiros
meses do ano safra 2021/22, chegaram a 8,817 milhões de sacas, ficando 20,2%
aquém do apurado entre julho e o final de setembro de 2020, quando o Brasil
remeteu 11,048 milhões de sacas ao exterior. Em receita, contudo, houve
crescimento de 3,3% no intervalo, com os embarques rendendo US$ 1,367 bilhão
até o momento, o melhor desempenho das últimas cinco temporadas.

ANO CIVIL

No acumulado dos nove primeiros meses de 2021, o desempenho é similar. As
exportações brasileiras totais de café somaram 29,759 milhões de sacas e
renderam US$ 4,172 bilhões, apresentando queda de 4,1% em volume, mas
incremento de 6% em receita cambial.

CONTEXTO

Segundo o presidente do Cecafé, Nicolas Rueda, o recuo nos embarques
cafeeiros do país resulta da continuidade dos entraves logísticos no comércio
marítimo global. “Não há mudanças no cenário. Seguimos com intensa
disputa por contêineres e espaço nos navios e ainda nos deparando com
sucessivos cancelamentos de bookings, rolagens de cargas e frete extremamente
custoso. Termos exportado mais de 3,1 milhões de sacas em setembro e mantido
desempenho satisfatório na safra e no ano civil reflete o exímio trabalho que
as áreas logística e comercial dos exportadores brasileiros vêm realizando
para seguirmos honrando nossos compromissos com os clientes mundiais e
internos”, aponta.

Ele explica que os entraves logísticos são um problema estrutural que vão
muito além do café e do Brasil. “Esses gargalos impactam o segmento
exportador no mundo todo, em especial o de commodities, e continuam desafiando
os planejamentos dos exportadores, assim como dos importadores no destino, com
demoras logísticas que interferem no fluxo financeiro e na geração de receita
cambial das empresas”, comenta.

O presidente do Cecafé anota que o Brasil vem fazendo seu dever de casa
para honrar seus compromissos no comércio mundial do café, com todos os
segmentos da cadeia produtiva realizando esforços “acima da média” e atentos
a todos os desafios que envolvem as negociações comerciais globais.

“Sabidamente, temos uma safra menor em andamento, mas há café disponível
da histórica colheita anterior, o que implica que o Brasil possui produto para
concretizar seus negócios, por meio do trabalho hercúleo que nossos
exportadores vêm realizando. A cafeicultura brasileira também é dotada de
várias ferramentas tecnológicas, com plataformas de gestão e controle de
riscos, que permitem demonstrar o ambiente sério e confiável do agronegócio
café brasileiro, atividade que honra seus contratos e compromissos e na qual as
‘não entregas’ têm sido minoria, pouco representativas em relação aos
volumes contratados”, revela.

Conforme Rueda, a cadeia também segue tomando providências em relação
às desafiantes condições climáticas que o setor tem experimentado e que,
certamente, pesarão sobre o potencial produtivo em 2022. “Por meio de ações
conjuntas, no Conselho Deliberativo da Política do Café, colegiado que envolve
segmento privado e governo, conseguimos a retenção de R$ 1,3 bilhão do
orçamento do Funcafé para a recuperação de cafezais que foram impactados
pelas geadas deste ano”, exemplifica.

O Cecafé desenvolve, ainda, importantes gestões em agricultura
regenerativa, que estão em linha com a agenda do Brasil e são colocadas em
prática através de diversos projetos conectados a metas sustentáveis de ESG e
sua governança socioambiental e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“Temos dedicado muitos esforços a nossos projetos de ‘Cafeicultura de
Baixo Carbono’, ‘Bem-estar Social na Cafeicultura’, ‘Produtor Informado’ e
‘Criança do Café na Escola’, que são iniciativas alinhadas com os ODS
voltados a ‘Ação contra a Mudança Global do Clima’, ‘Trabalho Descente e
Crescimento Econômico’, ‘Fome Zero e Agricultura Sustentável’ e
‘Educação de Qualidade’. Nosso objetivo é divulgar indicadores que
evidenciam a histórica conexão da cafeicultura brasileira com as metas
sustentáveis e os anseios dos consumidores internacionais, o que é uma agenda
prioritária para o Cecafé”, destaca.

PRINCIPAIS DESTINOS

Os Estados Unidos permaneceram como os principais importadores do café
brasileiro de janeiro a setembro deste ano, com a aquisição de 5,674 milhões
de sacas, volume praticamente estável em relação às 5,682 milhões
adquiridas no mesmo intervalo em 2020. Esse volume representou 19,1% das
exportações totais do Brasil até o momento.

A Alemanha, com representatividade de 16,8%, importou 5,006 milhões de
sacas (-4,2%) e ocupou o segundo lugar no ranking. Na sequência, vieram
Bélgica, com a compra de 2,030 milhões de sacas (-17,3%); Itália, com 2,026
milhões (-11,9%); e Japão, com a aquisição de 1,881 milhão de sacas
(+17,8%).

Segue em evidência a Colômbia, país também produtor, que ocupa a sétima
colocação no ranking dos principais importadores de café do Brasil. A nação
vizinha adquiriu 866.268 sacas entre janeiro e setembro de 2021, apresentando
significativo crescimento de 82,6% na comparação com as compras do produto
nacional realizadas nos nove primeiros meses do ano passado. Desse total, 814,5
mil sacas são do grão verde, que é utilizado para consumo interno ou
industrialização como café colombiano a ser comercializado.

TIPOS DE CAFÉ

O café arábica foi o mais exportado entre janeiro e setembro de 2021, com o
envio de 23,831 milhões de sacas ao exterior, o que correspondeu a 80,1% do
total. Já a variedade canéfora (robusta + conilon) registrou o envio de 2,995
milhões de sacas ao exterior, respondendo por 10,1% do total. Na sequência,
vieram os segmentos do produto solúvel, que embarcou 2,900 milhões de sacas
(9,7%), e do café torrado e torrado e moído, com 32.684 sacas (0,1%).

CAFÉS DIFERENCIADOS

Já os cafés diferenciados, que possuem qualidade superior ou algum tipo de
certificado de práticas sustentáveis, responderam por 17,6% das exportações
totais brasileiras do produto de janeiro a setembro de 2021, com o envio de
5,248 milhões de sacas ao exterior. Esse volume representa crescimento de 2,2%
na comparação com as 5,135 milhões de sacas embarcadas pelo país no mesmo
período do ano antecedente.

O preço médio desse produto foi de US$ 184,17 por saca, proporcionando uma
receita de US$ 966,5 milhões nos nove meses, o que corresponde a 23,2% do total
obtido com os embarques. No comparativo anual, o valor é 15,8% maior do que o
aferido em idêntico intervalo anterior.

PORTOS

O complexo marítimo de Santos (SP) permaneceu como o principal exportador
dos cafés do Brasil em 2021, com o envio de 22,832 milhões de sacas, o que
equivaleu a 76,7% do total. Na sequência, vieram os portos do Rio de Janeiro,
que responderam por 16% dos embarques ao remeterem 4,773 milhões de sacas até
setembro, e Vitória (ES), com o envio de 901 mil sacas ao exterior, respondendo
por 3%.

SOBRE O CECAFÉ

Fundado em 1999, o Cecafé representa e promove ativamente o desenvolvimento
do setor exportador de café no âmbito nacional e internacional. A entidade
oferece suporte às operações do segmento por meio do intercâmbio de
inteligência de dados, ações estratégicas e jurídicas, além de projetos de
cidadania e responsabilidade socioambiental. Atualmente, possui 120 associados,
entre exportadores de café, produtores, associações e cooperativas no
Brasil, correspondendo a 96% dos agentes desse mercado no país.

As informações partem da assessoria de imprensa do Cecafé.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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