Porto Alegre, 24 de março de 2022 – O dólar virou e passou a subir,
ainda sem direção definida. Por mais que as commodities e a Selic (taxa
básica de juros) ainda joguem a favor da moeda brasileira, o descontrole
inflacionário volta a preocupar o mercado.
Para o sócio-fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “o que favorece o
fluxo são juros e bolsa. As commodities, no momento, estão ajudando mais a
equilibrar o aumento de custos como os insumos agrícolas do que fortalecendo o
real”.
Nagem acredita que o avanço do real tende a não perder força: “Ainda hoje
deve fechar abaixo dos R$ 4,80, e até a próxima semana chegar em R$ 4,60.
Já está no nível pré-Covid. Ainda somos um porto seguro em termos de
juros”, observa.
Este avanço, contudo, acaba mascarando problemas estruturais como a parte
fiscal, diz Nagem, que relembra que o “governo não fez a lição de casa e
isso não significa que o país esteja bem”.
De acordo com a equipe da Ouro Preto Investimentos, “o movimento agora é
ligado ao petróleo, com o capital estrangeiro buscando países fortemente
ligados a esta commodity, como é o caso do Brasil, que ainda em um diferencial
de juros altíssimos, que devem estacionar na casa dos 13%, enquanto os Estados
Unidos ainda estão no começo deste ciclo”.
O efeito de outras commodities importantes para a economia brasileira, no
momento, é outro: “O impacto disso será observado mais na balança
comercial”, analisa a Ouro Preto.
Há pouco, o dólar comercial subia 0,14%, cotado a R$ 4,8500 para venda. No
mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em abril de
2022 avançava 0,54%, cotado a R$ 4.862,00.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,07Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.640,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,25Preço base - Integração
Atualizado em: 05/08/2025 09:30