Porto Alegre, 23 de agosto de 2019 – O dólar opera em alta em relação ao
real após superar a marca de R$ 4,10 – na cotação máxima do dia – mas
oscila no mercado à vista, após relatos de que a China irá elevar as tarifas
sobre US$ 75 bilhões em bens norte-americanos importados ao país asiático.
Até então, a expectativa do mercado financeiro recai apenas no discurso do
presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, a partir das 11 horas.
Às 10h09, o dólar à vista tinha ligeira queda de 0,02%, a R$ 4,0780,
depois de oscilar na mínima de R$ 4,0710 (-0,19%) e máxima de R$ 4,1010
(+0,54%). No mercado futuro, o contrato para setembro tinha alta de 0,20%, a R$
4,0805. No exterior, o Dollar Index avançava 0,19%, aos 98,359 pontos.
“O dólar ampliou a alta com essa notícia da China, antes da fala do
Powell”, afirma um operador sênior de derivativos de uma corretora local,
referindo-se a um movimento global da moeda norte-americana, que impactou os
negócios locais. Segundo ele, o mercado doméstico “segue tenso com o
dólar”, que vem sendo negociado acima de R$ 4,00 há cinco pregões seguidos.
Há pouco, o Banco Central (BC) realizou mais uma operação conjugada de
venda de dólares no mercado à vista e de swap cambial reverso em que os 11 mil
contratos ofertados foram aceitados, somando US$ 550,0 milhões, o que refletiu
em uma queda pontual da moeda norte-americana, renovando mínimas do dia.
Além de reagir ao anúncio da China, que aplicará tarifas em duas etapas,
sendo a primeira a partir de 1 de setembro e a segunda em 15 de dezembro, o
mercado aguarda o discurso de Powell.
Para a equipe da H.Commcor, o mercado quer “ver” se Powell manterá a
resistência em adotar uma postura mais “a la Draghi” – referência ao
presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que tem se mostrado
disposto a afrouxar as condições monetárias – ou se continuará
“desafiando” o presidente dos Estados Unidos e crítico à postura do Fed,
Donald Trump, e o próprio mercado, no caso se mantendo alinhado ao discurso
“hawkish” exibido após o corte de juros em 31 de julho.
“As reações, muito provavelmente, serão binárias, com tendência à
busca por risco global em caso de uma surpresa ‘dovish’ [suave] de Powell, e
vice-versa”, acrescentam. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 26/06/2025 13:30