Porto Alegre, 20 de maio de 2021 – O dólar comercial opera em queda frente
ao real desde a abertura dos negócios acompanhando o exterior após subir mais
de 1% na véspera reagindo à ata da última reunião de política monetária,
no fim de abril, do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Membros da autoridade monetária defendem a redução dos estímulos, enquanto
investidores seguem receoso com o risco da escalada da inflação. Aqui, o
mercado reage ao passo dado para privatização da Petrobras e mais um dia,
atentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19.
Às 10h05 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,50%
no mercado à vista, cotada a R$ 5,2880 para venda, enquanto o contrato futuro
com vencimento em junho caía 0,38%, a R$ 5,2960. Lá fora, o Dollar Index tinha
queda de 0,20%, acima dos 90,000 pontos. As principais moedas de países
emergentes seguiam desvalorizadas frente ao dólar, com o peso mexicano
oscilando em queda de 0,1%.
Sobre a ata do Fed, o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira,
avalia que “as pombas voarão” daqui até o fim de 2022, “sem gaviões” para
incomodá-las, já que a autoridade monetária dá sinais de que seguirá
alimentando estímulos e seguirá “dovish” (suave) mesmo em meio às
preocupações com a escalada da inflação global.
“Apesar da inflação resiliente no curto prazo, com problemas de choques
de oferta e quebra da cadeia de suprimentos, como citado em diversas ocasiões
na ata, tem cobrado um preço elevado. E ainda não se sabe o quão resistente
tal inflação pode permanecer”, comenta.
A equipe econômica do Bradesco destaca que o documento divulgado ontem
sugere que o início do aperto monetária pode estar mais próximo. “Vale
ressaltar que a reunião do Fed ocorreu antes das surpresas com os últimos
dados de inflação e atividade, para cima e para baixo. Alguns membros enxergam
riscos inflacionários assimétricos para cima e acreditam que os riscos ao
cenário relativos à pandemia têm diminuído”, acrescentam os analistas.
Aqui, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, continuará prestando
depoimento na CPI da covid-19, no Senado. Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou
o texto-base da medida provisória (MP) que viabiliza a privatização da
Eletrobras. O texto segue para o Senado e tem até 23 de junho para aprová-lo.
Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 07/08/2025 09:10