Porto Alegre, 31 de maio de 2019 – O dólar comercial opera em alta,
exibindo volatilidade, em sessão marcada pela aversão ao risco no exterior
após os Estados Unidos anunciarem a aplicação de tarifas de 5% sobre produtos
importados do México a fim de pressionar o país vizinho a tomar medidas
contra a imigração ilegal. Dados da economia chinesa preocupam a economia
global. Aqui, é dia de formação da taxa Ptax – média das cotações do
dólar apuradas pelo Banco Central (BC) – de fim de mês.
Às 9h55 (de Brasília), a moeda norte-americana operava praticamente
estável (-0,02%) no mercado à vista, negociada a R$ 3,9790 para venda, depois
de chegar à máxima de R$ 4,00 logo nos primeiros minutos de pregão. No
mercado futuro, o contrato para junho tinha queda de 0,10%, a R$ 3,9790. Lá
fora, o Dollar Index operava em queda de 0,14%, aos 98,000 pontos.
Lá fora, a decisão do governo norte-americano de aplicar tarifas de 5% a
produtos importados do México repercutiu nos mercados. No Twitter, o presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que a cobrança começará em 10 de
junho e ficará em vigor enquanto houver imigrantes ilegais entrando no país a
partir do território mexicano. “A tarifa vai aumentar gradualmente até que o
problema da imigração ilegal seja remediado, então as tarifas serão
removidas”, escreveu.
Em nota, a Casa Branca explicou que, caso o México não adote medidas para
impedir a imigração ilegal, a tarifa de importação aumentará em
incrementos de 5 pontos porcentuais (pp) em julho, agosto, setembro e outubro,
atingindo um nível máximo de 25% que seria mantida enquanto a situação não
fosse resolvida.
Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, a
decisão de Trump abre mais uma frente nas tensões comerciais e reforça os
temores de perda de fôlego da economia global. Somado a isso, os dados da
economia da China preocupam depois de o resultado do índice dos gerentes de
compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial ter recuado para
49,4 pontos em maio, ante o resultado de 50,1 pontos em abril.
“A China já sente os impactos dos eventos mais recentes, como observado
PMI industrial, rompendo para baixa a linha de estabilidade, demonstrando agora
uma contração no setor, após uma pretensa recuperação em março”, avalia o
economista-chefe da Infinity, Jason Vieira, citando o acirramento da guerra
comercial entre chineses e norte-americanos. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 09/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,75Preço base - Integração
Atualizado em: 13/05/2025 09:50