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CANA: Estudo aponta que Pará pode despontar na produção

10 de agosto de 2022
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Porto Alegre, 10 de agosto de 2022 – O agronegócio é fundamental para a economia paraense, no
entanto o estado tem capacidade de desenvolver ainda mais as culturas já existentes e ampliar a
importância de outras. A produção de cana-de-açúcar é uma das áreas que deve crescer nos
próximos anos e contribuir para o desenvolvimento local e a geração de emprego e renda.

Um estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz (Esalq), vinculada à Universidade de
São Paulo, mostrou que o Pará teria condições de ampliar a produção canavieira para até 9
milhões de hectares de terra plantada. O estudo mapeou áreas já desmatadas e quem tem boa
aptidão para a cultura da cana-de-açúcar, seria portanto uma atividade sem impacto ambiental, já
que a ocupação ocorreria em áreas já alteradas, ou seja, sem desmatamento ou perda de cobertura
vegetal.

Na atualidade, porém, são apenas 20 mil hectares de área plantada com cana-de-açúcar, sendo
distribuída parte para a produção de suplementos da alimentação bovina e outra parte para
álcool e açúcar, de acordo com Fernão Zancaner, vice-presidente da Federação da Agricultura e
Pecuária do Pará (Faepa) e responsável pela Câmara Setorial da Cana-de-Açúcar.

Zancaner afirma que a expectativa do setor produtivo é dar um salto nesse segmento, contando
com a parceria de órgãos do governo e de instituições de pesquisa em torno das ações previstas
pelo programa ProPará. Um dos projetos é o Centro de Excelência em Cana-de-Açúcar , previsto
para ser instalado no município de Ulianópolis, localizado no sudeste paraense e onde funciona a
primeira usina de processamento de cana-de-açúcar do estado.

Uma questão estratégica para o Centro de Excelência está relacionada à cooperação entre a
iniciativa privada e as instituições de pesquisa, principalmente porque se percebe que ainda há
pouco interesse em estudar a área devido à realidade atual da produção canavieira no estado. “O
objetivo é agregar todas as tecnologias vinculadas àquela cadeia produtiva para que elas sejam
replicadas. Com as instituições de pesquisa e a iniciativa privada atuando juntas, queremos que
seja criado um banco de conhecimento para a expansão dessa cadeia”, esclarece o vice-presidente da
Faepa.

As análises técnicas realizadas até então são promissoras. Fernão Zancaner explica que o
planejamento estratégico do programa estabeleceu uma meta de expansão da área plantada para 2
milhões de hectares. “Com isso, nós teremos capacidade de gerar quase 16 mil empregos direitos e
mais de 62 mil indiretos, além de 87 usinas”, destaca. Com o beneficiamento, outras áreas podem
ser desenvolvidas, como a indústria de etanol e açúcar e o aproveitamento de resíduos, já que o
bagaço da cana é útil na geração de energia e na fabricação de ração animal.

Fernão Zancaner diz que com uma produtividade média de cana-de-açúcar no estado de 78
toneladas por hectare , seria possível, por exemplo, produzir cerca de 5,5 bilhões de litros de
etanol e mais de 116 milhões de sacas de açúcar. “Na minha avaliação, o foco deveria ser a
produção de biocombustível e de açúcar porque o Pará é importador desses produtos. Seria um
impacto positivo para a balança comercial, para a questão ambiental porque diminui o consumo de
gasolina e para a geração de energia porque o bagaço pode gerar uma energia limpa que é a
biomassa. Ou seja, é uma cultura que pode agregar em vários aspectos”, ressalta.

A regularização fundiária com segurança jurídica para os produtores rurais, a
disponibilidade de crédito para favorecer a instalação de empreendimentos e a desburocratização
para facilitar o acesso e o licenciamento de áreas onde já houve outras atividades econômicas
são alguns desafios para avançar nesse sentido. Apesar disso, Zancaner mantém o otimismo e
encoraja: “O Pará tem potencial para ser o maior produtor agrícola brasileiro. Precisamos explorar
esse potencial”.

As informações partem da assessoria de imprensa da CNA.

Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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