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CANA: Menor oferta promove redução no ritmo da moagem na 1a quinzena

24 de outubro de 2018
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São Paulo, 10 de outubro de 2018 – A quantidade de cana-de-açúcar
processada no Centro-Sul totalizou 25,59 milhões de toneladas na primeira
quinzena de outubro, 21,32% inferior às 32,52 milhões apuradas no mesmo
período do último ano.

Do início da safra 2018/2019 até 16 de outubro, o processamento chegou a
483,56 milhões de toneladas, queda de 3,54% se comparado ao mesmo período do
ciclo anterior (501,30 milhões).

Para o diretor técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, “a
retração observada decorre, em grande medida, da maior precipitação
pluviométrica nas regiões produtoras do Centro-Sul durante o mês, além da
redução do ritmo de processamento diário em várias unidades com oferta
reduzida de cana nesse ciclo”. Até o momento, a queda na moagem está
praticamente concentrada nos Estados de São Paulo e Paraná, concluiu Padua.

Com efeito, até 16 de outubro deste ano, 15 unidades encerraram a safra
2018/2019. Essas empresas registraram uma redução de 15,5% na moagem. Na
próxima quinzena, a expectativa é de que outras 64 usinas interrompam as
operações.

Padua esclarece, “a maior precipitação pluviométrica observada nas
últimas semanas alterou o cronograma inicialmente previsto para término de
moagem em muitas unidades, postergando a data de encerramento da safra
2018/2019”.

Produção de açúcar e de etanol

A produção de açúcar somou 1,12 milhão de toneladas na primeira metade
de outubro, com expressiva queda de 43,83% sobre o resultado em igual período
da safra 2017/2018. Por sua vez, a fabricação de etanol reduziu apenas 6,62%,
alcançando 1,48 bilhão de litros, sendo que 457,66 milhões de litros
correspondem ao anidro e 1,02 bilhão ao hidratado.

Esses números retratam o maior direcionamento da matéria-prima processada
para a fabricação do etanol. Nos primeiros quinze dias de outubro, o
indicador registrou 67,83% de cana direcionada à produção do biocombustível.
Esse percentual é significativamente superior aos 56,12% observados na mesma
quinzena de 2017.

Desde o início da safra até 16 de outubro, a produção de açúcar
atingiu 23,39 milhões de toneladas frente as 31,33 milhões no mesmo período
de 2017 – retração de aproximadamente 8 milhões de toneladas até o
momento. No caso do etanol, a produção acumulada alcançou 25,86 bilhões de
litros, dos quais 8,00 bilhões de anidro e 17,87 bilhões de hidratado. Este
último apresenta crescimento de 49,03% em relação ao acumulado da safra
2017/2018.

Para o diretor da UNICA, “a retração na fabricação de açúcar
registrada nessa safra foi possível, entre outros fatores, porque 17 usinas com
fábrica de açúcar optaram por não fabricar o produto no ciclo 2018/2019”.
Com isso, as unidades que só estão produzindo etanol passaram a representar
cerca de 19% da moagem nesse ano, contra apenas 14,43% na média safra
2017/2018, explicou o executivo.

A saber, a moagem das unidades que estão fabricando apenas etanol atingiu
92,19 milhões de toneladas até 16 de outubro deste ano, contra apenas 73,76
milhões no mesmo período do ciclo anterior.

Produtividade e qualidade da matéria-prima

A concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) alcançou
142,51kg por tonelada de cana nos quinze primeiros dias de outubro, contra
146,39 kg na mesma quinzena do último ano – queda de 2,65%. No acumulado até
16 de outubro, esse indicador atingiu 140,45 kg por tonelada, aumento de 2,67%
em relação à safra 2017/2018.

Dados apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) – baseado em uma
amostra de 157 usinas – indicam que o rendimento do canavial alcançou 65,0
toneladas por hectare colhido no mês de setembro, contra 72,3 toneladas por
hectare no mesmo período 2017 (queda de 10,1%).

A mesma amostra aponta retração de 3,9% na produtividade acumulada desde
o início da safra 2017/2018 até 1 de outubro (76,2 toneladas de cana por
hectare ante 79,3 toneladas na safra 2017/2018).

Vendas de etanol

O volume total de etanol comercializado pelas unidades do Centro-Sul somou
1,35 bilhão de litros na primeira quinzena de outubro, crescimento de 27,17% em
relação a mesma quinzena do ano anterior (1,06 bilhão de litros), sendo
66,03 milhões destinados à exportação e 1,28 bilhão ao mercado doméstico.

Esse crescimento deve-se, mais uma vez, a manutenção da competividade do
etanol hidratado frente à gasolina no mercado doméstico.

As vendas internas do hidratado alcançaram 946,30 milhões de litros nos
primeiros quinze dias de outubro, registrando expressivo aumento de 42,75% em
relação aos 662,91 milhões de litros verificados em igual período de 2017.

Para Padua, “o volume comercializado na primeira quinzena de outubro só
não foi maior devido ao aumento na oferta de etanol hidratado na região
Norte-Nordeste, que já no mês de setembro direcionou mais de 100 milhões de
litros ao mercado interno”.

Além disso, estima-se que as distribuidoras tenham iniciado o mês de
outubro com dois dias a mais de estoque de etanol hidratado, reduzindo a
retirada de produto das unidades produtoras do Centro-Sul, concluiu o executivo.

No caso do etanol anidro, o volume comercializado na primeira metade de
outubro atingiu 337,79 milhões de litros, montante inferior aos 351,50 milhões
observados na mesma quinzena do último ano. Essa queda se deve ao crescimento
do consumo de hidratado, à retração na demanda de combustíveis do ciclo
Otto, ao início da safra no Norte-Nordeste e à oferta de etanol importado.

Desde o início de abril até 16 de outubro deste ano, as vendas de etanol
pelas usinas e destilarias do Centro-Sul totalizaram 16,27 bilhões de litros,
sendo 924,18 milhões destinados ao mercado externo e 15,34 bilhões
comercializados domesticamente – crescimento de 18,43% na comparação com o
mesmo período da safra passada.

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