Porto Alegre, 29 de abril de 2019 – Depois da consolidação como o maior
programa de cortes premium do Brasil, o Carne Angus tem como grande desafio
garantir mais equilíbrio na oferta de gado ao longo do ano, driblando períodos
de entressafra e mantendo os cortes ao alcance do consumidor. “O cliente quer
a mesma carne com a mesma qualidade de janeiro a janeiro. E esse produto tem um
preço a mais “, pontuou a gerente nacional do Programa Carne Angus, Ana
Doralina Menezes, que palestrou no curso de Seleção e Melhoramento, promovido
pela Associação Brasileira de Angus, durante a Expoutono, em Uruguaiana.
De acordo com ela, os padrões de enquadramento das carcaças se mantêm
sempre com o mesmo rigor em busca da padronização, do grau de suculência e da
maciez que o consumidor tanto busca. Na tarefa de agregar predicados aos
cortes, a médica veterinária reforçou a ação de raças taurinas, em
especial da Angus, na produção de cortes premium.
Em busca dessa estabilidade, muitos criatórios vêm utilizado
suplementação e o confinamento, sistema que, apesar de mais caro, tem trazidos
bons resultados nas regiões mais centrais do país. Além da importância do
sistema nutricional, Ana Doralina salientou a força da genética na produção
de carne de qualidade, um trabalho que exige análise dos dados dos
reprodutores. “É preciso que o pecuarista olhe o romaneio e veja porque
alguns animais não foram certificados. Para saber o que melhorar, eu preciso
saber o que estou produzindo. Alguns sabem, mas, a maioria tem que evoluir
muito”, frisou.
E lembrou que a excelência não se limite ao campo. “Todas as etapas
influenciam a qualidade, da produção até o frigorífico. Um animal pode ter a
melhor genética no campo, mas, se cada um não fizer a sua parte, vai tudo por
água abaixo”, disse citando a importância de garantir um bom transporte, um
abate eficaz, além de técnicas de manejo que levem em conta o bem-estar
animal dentro e fora da fazenda. Ana Doralina citou, ainda, que há diversos
outros fatores determinantes como o sexo, castração e maturação da carne na
indústria, por exemplo.
Ao falar para grupo de estudantes, Ana Doralina explicou – em detalhes –
como são avaliadas as carcaças no escopo do Programa Carne Angus e ressaltou
que a presença de gordura revestindo as peças é essencial para manter a
qualidade. “A gordura de cobertura assegura qualidade para que a carne
enfrente a cadeia de frio, que vai da câmara frigorífica à geladeira do
consumidor”, salientou. E lembrou que os princípios do Programa Carne Angus
seguem imutáveis nesses 15 anos de atuação. “Seguimos embasados em três
pilares: genética Angus, animais jovens e carcaças bem acabadas”, concluiu.
As informações partem da assessoria de imprensa da Associação Brasileira de
Angus.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 15/05/2025 09:30