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CARNE BOVINA: Elementos de uma nova crise ameaçam frigoríficos – ABRAFRIGO

18 de julho de 2016
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Porto Alegre, 18 de julho de 2016 – O cenário de uma nova crise sem
precedentes volta a impactar o setor frigorífico brasileiro que produz carne
bovina depois de um ano considerado bom em 2015 e um início de recuperação
que não chegou a consumar-se.

Três fatores de dificuldades que historicamente não costumam andar
juntos, mas que, desta vez, ocorreram ao mesmo tempo, tem deixado os
empresários preocupados com o futuro porque não há sinais de que no curto
prazo a situação se modifique. O alerta é do Presidente Executivo da
Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), Péricles Salazar para
quem “está muito próxima a situação de fechamento de unidades e desemprego,
algo que não imaginamos que pudesse vir a ocorrer tão cedo”.

O setor emprega mais de 1 milhão de trabalhadores em todo o pais.
O principal deles é a queda paulatina do consumo de carne bovina que, em anos
passados rondou perto de 40 quilos/ano por habitante e que hoje já está em 32
quilos/hab/ano, segundo a CONAB, e ainda apresentando tendência de continuidade
devido à queda do poder aquisitivo da população.

O segundo fator é o mercado externo que tem se mostrado de difícil
crescimento devido a diminuição das importações de importantes clientes
Brasileiros como a Rússia e a Venezuela devido aos baixos preços do petróleo
e que não consegue dar escoamento ao que não é consumido internamente,
deprimindo os preços.

Vale lembrar que o Brasil exporta somente 20% da carne bovina que produz, e
se espera um crescimento de pelo menos 4,1% (mais 76,1 mil toneladas), para um
total de 1,915 milhão de toneladas, um resultado melhor que o de 2015, mas que
perde sua força para o terceiro elemento da crise: os baixos preços pagos pelo
produto brasileiros no mercado internacional já fizeram com que o valor da
desvalorização do Real perante o dólar fosse anulado e mesmo as empresas
exportadoras correm risco de prejuízo.

“Além disso, as exportações, que compensavam a dificuldade de gerar
resultado financeiro com o mercado interno, perderam rendimento com a
desvalorização cambial e alta da arroba. O dólar abaixo de R$ 3,50 como está
atualmente não ajuda em nada o setor”, conclui Péricles Salazar. As
informações partem da assessoria de imprensa da ABRAFRIGO.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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