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CARNE BOVINA: Estudo da Farsul aponta mudanças no mercado internacional

2 de fevereiro de 2017
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Porto Alegre, 2 de fevereiro de 2017 – A Farsul divulgou nesta
terça-feira o mapeamento das exportações brasileiras de carne bovina entre
2006 e 2016. O estudo traça um panorama do mercado mundial de carne e das
mudanças pelas quais o setor passou durante o período no Brasil. Segundo o
presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, entender o movimento da última
década é fundamental em um momento de mudanças geopolíticas, em função das
primeiras ações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Vivemos um momento em que existe a abertura de um espaço para um
posicionamento do Brasil em relação às exportações de carne. Com o recuo
dos Estados Unidos em participar do Acordo de Associação Transpacífico,
existe um recuo na ameaça que o país representava para a inserção do Brasil
no mercado asiático. Esse é um momento de buscar um posicionamento com o setor
para aproveitar as janelas de oportunidades que se abrem”, afirma Sperotto.

É justamente no continente asiático que está o maior potencial para a
carne brasileira, em um movimento que vem sendo consolidado nos últimos dez
anos. Segundo economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, os chineses
já são os maiores compradores de carne brasileira e devem se consolidar como
os maiores importadores de carne do mundo, até 2018. No período analisado pelo
estudo, houve um crescimento de 778% no valor de carne bovina exportada pelo
país para o continente asiático. O volume cresceu 299%.

O Oriente Médio desponta como outra região em crescimento. O valor de
carne brasileira exportada para a região cresceu 101% em dez anos, com uma
valorização de 78% no preço do produto comercializado. Na América Latina e o
Caribe o valor aumentado cresceu 337% enquanto o volume teve aumento de 136%.

“O estudo nos mostra que precisamos estar mais abertos ao mercado
mundial, principalmente aos mercados emergentes. Passamos muito tempo com o foco
exclusivo na União Europeia e no Leste Europeu, e o que o estudo revela é que
essas regiões não concentram o melhor potencial no momento”, avalia o
economista.

Segundo o mapeamento, apresentado por Renan dos Santos, analista de
relações internacionais, o valor das exportações para a União Europeia caiu
51%, apesar do aumento de 79% no preço. O Leste Europeu também apresentou
desaquecimento, com queda de 47% no valor e 59% no volume de carne exportada. O
movimento está em sintonia com um decréscimo mundial da participação da
União Europeia na importação de carne, que caiu pela metade desde 2006.

Nos mercados emergentes, um dos aspectos que chama a atenção é a
mudança no perfil do produto, que passou a priorizar carne in natura em
detrimento de miúdos e carne industrializada. A expectativa é que haja um
contínuo crescimento de comércio com a Ásia, já que, apesar do aumento
observado nos últimos dez anos, o consumo de carne per capita no continente
ainda é baixo em relação à média mundial. Na China, o consumo é de 3,5 kg
de carne bovina por habitante, em contraste com os 45 kg de consumo per capita
no Rio Grande do Sul. No entanto, da Luz ressalta que para aproveitar essas
oportunidades, é importante que o país tenha um papel mais ativo na política
de aproximação desses mercados:

“Temos que ter uma posição mais firme em diversas áreas, como a
exposição de nossos produtos, mas principalmente em relação ao Mercosul, que
representa um entrave ao impedir a realização de acordos bilaterais. É muito
difícil celebrar um acordo com o qual todos os países do bloco concordem, por
isso a presença no bloco impede o aproveitamento de todo o potencial desses
novos mercados. Precisamos buscar acordos com países de perfil semelhante ao
Brasil, e o Mercosul é um impedimento para que isso aconteça”, alerta o
economista. As informações partem da assessoria de imprensa da Farsul.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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