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CARNE BOVINA: Mercado em Mato Grosso está em compasso de espera – Imac

17 de setembro de 2021
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Porto Alegre, 17 de setembro de 2021 – Após a identificação de um caso
atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) em uma unidade frigorífica
em Mato Grosso, o mercado de carne mato-grossense segue em observação. Apesar
do bom volume de exportações nos primeiros dias de setembro, o cenário ainda
está difícil de ser lido, dificultando projeções.

Na quarta-feira (16), o Ministério de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) declarou que não há previsão para o fim da suspensão de
exportação do Brasil para China, Rússia e Arábia Saudita. Os três países
barraram a compra de carne bovina brasileira após a oficialização dos dois
casos de EEB, popularmente conhecida como “mal da vaca louca”. Além de Mato
Grosso, houve um diagnóstico também em Minas Gerais.

A paralisação das exportações para a China foi tomada pelo Mapa de
forma preventiva. Mesmo com a confirmação laboratorial de que os dois casos
derivavam de uma anomalia genética, e não nutricional, a Rússia optou por
suspender as compras do Brasil.

Nesta semana, a Arábia Saudita anunciou bloqueio à carne produzida por
cinco plantas frigoríficas de Minas Gerais, sem impacto para Mato Grosso, que
segue fornecendo proteína animal ao país sem restrições.

“É um momento de vigilância e espera. Tivemos um mês de agosto
aquecido nas exportações, com recorde no volume embarcado. O início de
setembro indicava que o ritmo seguiria intenso, mas a suspensão de vendas para
a China é um fato muito relevante para Mato Grosso, já que 62% das nossas
exportações são destinadas ao mercado chinês”, contextualiza o diretor de
Operações do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Bruno de Jesus Andrade.

A participação da China nas exportações mato-grossenses é realizada
por oito das 31 indústrias frigoríficas ativas no estado, que são as unidades
habilitadas pelo rigoroso protocolo do governo chinês. Mato Grosso tem o maior
rebanho bovino do Brasil e é o maior produtor de carne bovina no País, sendo
também o segundo maior exportador.

Com o risco sanitário minimizado após a comprovação de origem genética
para os dois casos de EEB, as incertezas são comerciais. “Sabemos que se
tratava de duas situações de exceção e esse fato tranquiliza o mercado.
Temos protocolos de controle e defesa sanitária sólidos, reconhecidos pela OIE
e pelo mercado internacional. Agora, precisamos mensurar os reflexos
econômicos”, observa Andrade.

Em agosto, Mato Grosso exportou 50,18 mil toneladas de equivalente carcaça
(TEC) de carne bovina. É um número recorde, que correspondeu a uma alta de
20,94% em relação ao volume embarcado em julho. Esse marco foi recebido como
boa notícia pelo mercado, já que, de janeiro a agosto, o estado ainda enfrenta
uma retração de 5,32% no volume embarcado se comparado ao mesmo período de
2020.

“Por outro lado, a receita com a exportação em 2021 está 7,92% acima
da registrada em 2020, sinalizando a valorização da carne bovina
mato-grossense no mercado internacional”, pontua o executivo do Imac.

Situação não é inédita

Esta não é a primeira vez em que a EEB paralisou o comércio exterior da
carne bovina mato-grossense. Em 2019, um caso da doença foi identificado no
estado, também de forma atípica e sem risco sanitário.

As exportações foram imediatamente suspensas, como prevê o protocolo de
controle sanitário da OIE. O fato teve como consequências a queda nas
cotações de boi gordo, a redução na escala de abate dos frigoríficos e uma
pequena retratação nas exportações (de apenas 1,13%).

Em 2019, a suspensão nas exportações durou 10 dias. Neste ano, já são
12 dias de bloqueio. O Mapa informa que todas as informações técnicas foram
enviadas para os governos da China, Rússia e Arábia Saudita, mas não é
possível precisar em quanto tempo haverá resposta de cada país. O mercado,
assim, segue em compasso de espera. Com informações da assessoria de imprensa
do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac).

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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