Porto Alegre, 13 de outubro de 2016 – Exatos dois anos após ter dado o
start em seu programa de exportação de cortes certificados, o Programa Carne
Angus retorna ao Sial Paris comemorando a marca de R$ 10 milhões em
faturamento. O resultado refere-se aos últimos 12 meses de movimentação, o
que representa mais de 400 toneladas de carne Angus brasileira colocadas em
alguns dos mercados mais exigentes do mundo.
No topo da lista está a Alemanha, concentrando 57,2% do faturamento,
seguida pela Arábia Saudita (27,7%), Suíça (5%), Chile (4,5%) e Holanda (2%).
Atualmente, a União Europeia responde por 65% de todo faturamento de cortes
Angus exportados pelo Brasil.
Para festejar a conquista, a Associação Brasileira de Angus e a
Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), com apoio
da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
(Apex-Brasil), promovem a quinta edição do Brazilian Angus Day, no dia 18 de
outubro em Paris.
O Programa Carne Angus iniciou sua prospecção há exatos dois anos,
justamente no Sial Paris, quando participou das ações do projeto Brazilian
Beef, uma parceria da Abiec e Apex-Brasil para a promoção internacional da
carne bovina brasileira. Na ocasião, foi realizado o primeiro Brazilian Angus
Day, onde importadores de todo o mundo tiveram a oportunidade de degustar a
carne Angus. “Agora, voltamos a esse significativo evento com a consolidação
de um mercado que muitos julgaram ser impossível de ser conquistado”, pontuou
o diretor do Programa Carne Angus, Reynaldo Salvador.
Mais do que novos clientes para a carne gourmet brasileira, o mercado
internacional abre novas perspectivas aos pecuaristas e frigoríficos
brasileiros. Isso porque a carne Angus certificada brasileira vem sendo
negociada para a União Europeia a valores entre US$ 10,5 mil e US$ 11 mil a
tonelada, 100% acima da média do mercado commodity, que considera todos os
cortes. Alguns produtos diferenciados chegam a atingir a marca de US$ 19,8
mil/tonelada.
E a tendência das exportações Angus é crescer ainda mais. A meta
projetada pelo Programa Carne Angus de atingir exportação de 1 mil toneladas
anuais até 2020 deve ser batida bem antes do tempo. Segundo o gerente do
programa, Fábio Medeiros, se a evolução dos volumes se mantiver nos patamares
atuais, a projeção será alcançada já em 2017. Para isso, aposta em
incremento nas vendas para a Alemanha, para os países árabes e na conquista
dos primeiros clientes chineses. “Viemos em uma expansão extremamente forte,
duplicando os embarques a cada trimestre. Esse movimento deve se manter devido
à qualidade de nossa carne, que vem sendo muito bem avaliada”, informa.
Os resultados são reflexo do trabalho desenvolvido para conquista de novos
clientes, com participação em feiras internacionais e sistema auditado pela
certificadora alemã Tüv Rheinland. O movimento teve avanço significativo com
a assinatura do Protocolo Angus em maio de 2015, quando o governo brasileiro
chancelou a rotulagem de identificação por raça, permitindo o efetivo início
das exportações no segundo semestre daquele ano.
As exportações respondem hoje por menos de 5% do volume total de carne
Angus certificada pela Associação Brasileira de Angus. Isso se deve à forte
valorização do produto no mercado interno. A tendência é ampliar os
embarques nos próximos anos uma vez que abrir novos mercado no exterior é
estratégico porque significa assegurar demanda por cortes nobres e também a
valorização daqueles menos demandados, como o dianteiro e os chamados Cortes
da Roda (cortes de traseiro não preferenciais para churrasco, como coxão duro,
lagarto e patinho).
Com isso, a Associação Brasileira de Angus pretende garantir à cadeia
produtiva a trajetória de crescimento na utilização da genética Angus no
Brasil e a consequente valorização dos animais na indústria frigorífica e da
carne no mercado.
Apesar da expansão, a Angus está muito longe de se tornar uma commodity
no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial
(Asbia), no ano de 2015, foram comercializadas 4,25 milhões de doses de sêmen
Angus, ou seja, 51% de todo mercado de venda de sêmen no país. Agregando a
venda de reprodutores Angus, a estimativa da Associação Brasileira de Angus é
que a produção anual de bezerros seja de aproximados 3,5 milhões de
cabeças, o que representa pouco mais de 6% do volume total de animais
produzidos no país.
Saiba mais sobre o Programa Carne Angus
O Programa Carne Angus iniciou suas atividades em 2004 com objetivo de
fomentar a produção da raça e estimular os pecuaristas a utilizarem a
genética Angus para obtenção de carne de alta qualidade. Em 12 anos, a ação
cresceu e conquistou diversas regiões do Brasil. Atualmente, o Programa Carne
Angus concede bonificações de até 10% para carcaças de animais Angus que
atendam ao padrão de qualidade estabelecido, como, por exemplo, espessura de
gordura, marmoreio e idade de abate.
O programa congrega 5 mil produtores e tem ação em 33 indústrias de 10
empresas frigoríficas em nove estados brasileiros (RS, SC, PR, SP, GO, MS, MT,
PA e RO). Em 2015, registrou abate de 400 mil cabeças. Até 2020, a meta é
atingir 1 milhão de cabeças/ano. Nos primeiros seis meses de 2016, os abates
aumentaram 38%. Com informações da assessoria de imprensa da Associação
Brasileira de Angus.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 30/04/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.836,67Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 72,23Preço base - Integração
Atualizado em: 08/05/2025 09:40