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CARNE SUINA: Aurora espera vender 5.000 toneladas aos EUA em 2017

28 de outubro de 2016
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Porto Alegre, 28 de outubro de 2016 – Passaram-se mais de dois anos da
abertura do mercado norte-americano para a carne suína brasileira e a
Cooperativa Central Aurora Alimentos – com sede em Chapecó (SC) – continua
sendo a primeira e a única empresa brasileira a exportar para os Estados Unidos
da América.

As vendas para aquele mercado vem crescendo firmemente. Em 2014 foram
embarcadas 50 toneladas (dois contêineres). Em 2015 o volume chegou a 275
toneladas ou 11 contêineres. Um salto significativo ocorreu neste ano de 2016
com a venda (até outubro) de 2.850 toneladas de carne congelada, acondicionada
em 114 contêineres. Até o fim do ano, os negócios devem atingir 150
contêineres.

Os principais produtos exportados são barriga, carré, sobrepaleta e
costelinha de lombo, entre outros cortes eventualmente adicionados ao mix de
exportação.

O presidente Mário Lanznaster disse que a Aurora está entrando no país
que tem a maior e a mais avançada suinocultura do planeta, aproveitando alguns
nichos de mercado. “Apostamos, persistimos e estamos avançado lentamente”.
Um dos nichos é a barriga de suíno, um corte muito apreciado na dieta dos
americanos que a produção interna deles não consegue suprir.

Lanznaster prevê que, em 2017, as vendas para o Norte chegarão a 200
contêineres, ou seja, 5.000 toneladas. “São volumes relativamente modestos
em termos de comércio mundial, mas o objetivo da Aurora é entrar gradualmente
e se consolidar no mercado americano, cuja qualidade é mundialmente
reconhecida”, expõe. A empresa não informa o total de divisas obtidas com as
vendas por uma questão de estratégia comercial.

A unidade industrial FACH-1, localizada em Chapecó, está habilitada para
exportar aos Estados Unidos.

DIFICIL E DESEJADO

O presidente explica que os Estados Unidos tem um consumo interno muito
forte de carne suína com osso – principalmente costela, costelinha, carré
– e estes são os principais itens que a Aurora exporta nessa primeira fase.
Num segundo estágio serão desenvolvidos cortes especiais de acordo com a
preferência do consumidor americano.

Acredita que a meta de 5.000 toneladas será atingida no próximo ano, mas,
assinala que “não é fácil o acesso ao mercado americano”. Além das
rigorosas exigências sanitárias, o país é grande produtor de carne suína. O
segmento mais promissor é o de distribuição para atender fast food e
restaurantes. Na esfera planetária, os Estados Unidos ocupam a primeira
posição como exportador de suínos, a terceira como produtor e a sétima como
importador mundial.

Lanznaster prevê que o mercado mundial de carnes continuará competitivo
em 2017 e que a rentabilização da operação com carnes dependerá muito da
redução de custos. “O mercado não vai crescer muito”, acredita. Por isso,
a melhoria das margens virá da otimização dos processos de produção e
aumento contínuo da eficiência.

Exportando para mais de 60 países de todos os continentes, a Aurora vem
aumentando sua presença no mercado externo. A cooperativa obteve, em 2015, uma
receita operacional bruta da ordem de 7,7 bilhões de reais e as exportações
representaram 24% do faturamento (ou 1,8 bilhão de reais). Atualmente, 50% da
carne de aves produzida e 13% da carne suína destinam-se ao exterior.

ABERTURA

Os Estados Unidos abriram o mercado de carne suína para o Brasil em 2012.
A planta da Aurora em Chapecó foi habilitada em 12 de setembro de 2012, o CSI
foi publicado em 28 de agosto de 2013 e os registros dos produtos cárneos foram
deferidos em 12 de setembro de 2014.

Os primeiros negócios somente começaram a ocorrer no fim de 2014 porque
foi necessário dirimir divergência de entendimento quanto a necessidade de
registro dos produtos exportados no Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA), além de muitas tratativas com os clientes.

A Cooperativa Central Aurora Alimentos obteve, em 2015, uma receita
operacional bruta da ordem de 7,7 bilhões de reais, resultado 12% superior ao
ano anterior. O resultado líquido do exercício foi de 246 milhões de reais ou
3,5% da receita global.

O crescimento da receita bruta decorreu do aumento nos volumes produzidos,
proporcionado pela aquisição do frigorífico de aves de Mandaguari (PR)
adquirido da Cooperativa Agropecuária e Industrial Cocari no mês de abril, da
inauguração da linha de presuntaria no frigorífico de suínos de São Gabriel
do Oeste (MS) em agosto e do aumento da capacidade da unidade de suínos de
Joaçaba (SC), com o início do 2 turno. Por outro lado, o pesado aumento dos
custos de produção, insumos, matérias-primas, energia elétrica, despesas
gerais e a instabilidade da economia foram responsáveis pela redução do
resultado líquido final, que encolheu 41% em relação a 2014.

As vendas no mercado interno responderam por 76% da receita bruta (ou R$
5,8 bi) e as exportações representaram 24% do faturamento (ou R$ 1,8 bilhão).

As vendas mais expressivas no mercado doméstico, pela ordem de
importância, foram de carnes suínas, carnes de aves, derivados lácteos,
reprodutores, derivados de massas, rações e derivados vegetais. No mercado
externo, as carnes de aves lideram as exportações.

SUINOS

A Aurora tem capacidade de abate de 18 mil suínos por dia. Em 2015, abateu
e processou 4,5 milhões de suínos, um crescimento de 8,6% em relação ao ano
anterior. Sete unidades industriais contribuíram para esse resultado:
Chapecó, São Miguel do Oeste, São Gabriel do Oeste, Joaçaba, Sarandi,
Chapecó II e Erechim.

AVES

Com capacidade de abate de quase 1 milhão de aves por dia, a Aurora
Alimentos ampliou em 8,3% o processamento de frango no ano passado. As oito
plantas receberam e processaram, no conjunto, 233,2 milhões de aves nas
unidades avícolas de Maravilha, Quilombo, Erechim I, Abelardo Luz, Guatambu,
Xaxim, Mandaguari e Mais Frango (essa, arrendada).

LÁCTEOS/MASSAS

A Aurora recebeu 482,4 milhões de litros de leite em 2015, processou 474,1
milhões e, com essa matéria-prima, gerou 211 mil toneladas de produtos
industrializados na forma de leite em pó, leite longa vida, queijos e outros
produtos lácteos.

EXPORTAÇÕES

As exportações da Aurora Alimentos em 2015 totalizaram um faturamento
líquido de R$ 1,850 bilhão o que representou um aumento de 35% em relação ao
ano de 2014. O negócio “aves” respondeu por 66% do total com um montante
de R$ 1,241 bilhão.

O negócio “suínos” participou com 33% do total com faturamento de R$
612 milhões.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

A base produtiva da Aurora Alimentos no segmento de aves localiza-se nos
estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Em 2015, essa área
formada por 115 municípios gerou um valor adicionado no montante de R$ 1,3
bilhão.

O sistema Coopercentral Aurora Alimentos produziu em 2015 os seguintes
resultados para as regiões onde atua:
Geração de ICMS: R$ 987 milhões
Valor Adicionado na atividade agropecuária: R$ 3,3 bilhões
Valor adicionado na atividade industrial: R$ 1,6 bilhão
Remuneração e encargos sobre folha de pagamento: R$ 829 milhões

As informações partem da assessoria de imprensa da Cooperativa Central
Aurora Alimentos.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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