Porto Alegre, 18 de agosto de 2022 – Os custos de produção de suínos subiram em julho,
segundo os estudos publicados pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa. O
Indice de Custo de produção de Suínos, o ICPSuíno, subiu 2,82% em relação a junho, fechando em
431,75 pontos. Já o ICPFrango voltou a cair, desta vez 0,36%, fechando julho em 421,99 pontos.
Segundo o analista da área de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves, Ari Jarbas Sandi, os
custos de suínos se elevaram porque foram feitas duas modificações, sendo uma relativa à
migração do preço do transporte de alimentos do item “transportes” para o item “alimentação”
(antes se considerava estes itens de despesas à parte um do outro, sendo que no item transportes
estavam incluídas as despesas com o translado de dejetos, animais e alimentos) e a outra pela
atualização do valor dos investimentos imobilizados em edificações e equipamentos, os quais
impactaram os custos fixos (depreciação e custo do capital).
“Os valores que a Embrapa utilizava, mesmo sendo corrigidos mensalmente pelo Indice Geral de
Preços – Disponibilidade Interna/IGP-DI/FGV, ficaram defasados no período pós-pandemia. Deste
modo, o valor dos investimentos sofreu ajustes de acordo com o que o mercado pratica na atualidade.
Isso impactou os custos fixos de produção de suínos do mês de julho em relação a junho de
2022. Já em relação à realocação das despesas com o transporte de alimentos para as despesas
com a alimentação, isso não alterou os custos variáveis. Embora, aparentemente, o custo com a
alimentação tenha aumentado, os custos com o transporte diminuíram justamente em detrimento desta
alteração, permanecendo em transportes apenas as despesas relativas ao translado de dejetos e
animais”, diz o analista da Embrapa.
Assim, o custo total de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo
completo em Santa Catarina passou de R$ 7,34 em junho para R$ 7,55 em julho. Nos primeiros seis
meses do ano, o ICPSuíno acumula 7,80% de alta e, nos últimos 12 meses, 6,24%.
A alteração no valor dos investimentos não foi exclusividade da suinocultura. Houve
alterações também no valor dos investimentos imobilizados para a produção de frangos de corte.
Mas, o impacto nos custos totais de produção foi de menor proporção quando comparado à
atividade suinícola.
Assim, mesmo com a atualização dos valores investidos em aviários para a produção de
frangos de corte, o ICPFrango de julho foi menor em relação ao de junho (-0,36%). Essa deflação
no índice de custo de produção de frangos foi influenciada principalmente pela diminuição nas
despesas com a alimentação das aves, cuja variação foi de -1,86%. O custo de produção do quilo
do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva,
reduziu R$ 0,02 em julho com relação a junho, chegando aos R$ 5,45. De janeiro até julho, o
ICPFrango acumula alta de 4,58% e, nos últimos 12 meses, uma variação de 5,29%.
“Os custos de produção de suínos e frangos de corte que a Embrapa Suínos e Aves calcula e
publica mensalmente no portal da CIAS refletem a variação mensal nos preços praticados pelo
mercado em ambas as cadeias produtivas. Porém, os resultados de custos também dependem de outros
fatores, como a quantidade de cada insumo utilizado na produção dessas proteínas animais. Assim,
diferentes índices de produtividade, além de impactarem na quantidade de produtos disponibilizados
para a comercialização (suínos e frangos prontos para o abate), também impactam diretamente nos
resultados de custos e por conseguinte na renda bruta da atividade”, explica Sandi. As informações
são da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa.
Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2022 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 27/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.725,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 66,00Preço base - Integração
Atualizado em: 26/06/2025 13:30