Porto Alegre, 23 de novembro de 2021 – O Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou em nota à imprensa que recebeu, nesta
terça-feira, comunicado da Administração Geral de Alfândegas da China
(GACC, sigla em inglês) sobre a liberação dos lotes de carne bovina
brasileira que receberam a certificação sanitária nacional até o dia 3 de
setembro de 2021.
As cargas de carnes já estavam em trânsito para a China, quando o Brasil
identificou e comunicou ao país asiático dois casos atípicos da Encefalopatia
Espongiforme Bovina (EEB), registrados em Nova Canaã do Norte (MT) e em Belo
Horizonte (MG).
A ministra Tereza Cristina explicou que o Brasil suspendeu no dia 4 de
setembro as exportações de carne bovina para a China em respeito ao protocolo
firmado entre os dois países, que determina esse curso de ação no caso de
EEB, mesmo que de forma atípica. O que significa que esses animais
desenvolveram a doença de maneira espontânea e esporádica, não estando
relacionada à ingestão de alimentos contaminados e que não transmissão da
doença entre os animais.
A OIE, que é a organização internacional que acompanha a saúde animal,
analisou as informações prestadas em decorrência dos dois casos de EEB
atípica e reafirmou o status brasileiro de “risco insignificante” para a
enfermidade.
A ministra ainda defendeu que a liberação desses lotes pela GACC
representa um primeiro passo rumo à retomada das exportações regulares para a
China. “Não existe motivo de preocupação nem para os nossos consumidores
nem para os consumidores externos. Essa liberação alivia os nossos
exportadores que tinham muitos desses contêineres no mar ou em portos, que
serão então liberados para entrarem na China. Agora, temos um próximo passo
para liberar a suspensão da carne brasileira daqui para frente. Estamos em
andamento neste processo e espero que isso aconteça ainda no próximo mês”,
frisou Tereza Cristina.
O Brasil já encaminhou todos os documentos solicitados pelas autoridades
chinesas, que estão analisando as informações enviadas.
Em relação aos impactos registrados pelos produtores, a ministra
reforçou o reconhecimento do Brasil como maior exportador mundial da proteína
e a força do setor para enfrentar este momento.
“O setor [pecuária] mostrou que é forte, que tem que estar preparado
para eventuais fechamentos, que vai continuar exportando e que a carne
brasileira tem sempre lugar nos mercados, porque somos os maiores produtores e
exportadores de carne bovina do mundo. Os produtores se movimentaram
rapidamente, as plantas que estavam habilitadas para exportar aos Estados Unidos
exportaram mais carne para lá, tendo até uma reação dos produtores
americanos. Haverá uma nova cota de exportação de carne bovina para a Rússia
ao qual o Brasil terá um acesso grande, por ser um grande exportador e por ter
plantas já habilitadas para a Rússia”. As informações partem da
assessoria de imprensa do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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