CARNES: Forragem cresce e se nota bom rebrote no RS – Emater

Porto Alegre, 26 de novembro de 2015 – No campo nativo do Rio Grande do
Sul, o acúmulo de forragem está crescendo e se nota bom rebrote. Os produtores
estão manejando os rebanhos que utilizam o campo nativo e realizando o ajuste
da carga animal. As condições climáticas nesta primavera, ainda que com pouca
luminosidade e excesso de umidade, vão permitindo o rebrote do campo nativo e
das pastagens perenes de verão, melhorando a qualidade das forrageiras.

De maneira geral, as pastagens cultivadas de inverno concluíram o ciclo
de produção, e em algumas áreas está ocorrendo a dessecação para o
próximo cultivo de lavoura com soja. O gado destas áreas já foi
comercializado ou transferido para o campo nativo ou em pastagens de verão.

As pastagens perenes com leguminosas estão com boas condições e
estão incrementando a qualidade das pastagens consorciadas, proporcionando
melhoria na produção dos rebanhos. Produtores ainda estão implantando as
pastagens de verão, fazendo preparo de solo e semeadura de forrageiras de ciclo
anual – milheto, sorgo forrageiro, capim sudão, Tifton 85, Jeegs, panicuns,
entre outras.

Em algumas regiões as pastagens já estão sendo utilizadas para o
pastejo. Temos alguns relatos de problemas no nascimento das pastagens, em
virtude de chuvas pesadas após o plantio. Estamos na fase de nascimento dos
terneiros. Em Santana da Boa Vista, já nasceram mais de 80% deles.

Os terneiros apresentam bom desenvolvimento, pois as vacas estão com bom
escore corporal e boa produção de leite. O período
exige maior cuidado com as matrizes durante a parição e com os terneiros
nascidos nesta temporada. Os rebanhos ainda aproveitam alguns locais onde foram
cultivadas as pastagens de inverno e campo nativo em rebrote, aumentando a
disponibilidade forrageira.

Verificam-se trabalhos nas propriedades para controle do carrapato e
mosca do chifre, e prossegue o combate da verminose. Ocorre vacinação da
brucelose nas terneiras entre três e oito meses. Continua a segunda etapa da
vacinação contra a febre aftosa nos rebanhos para animais com idade entre 0-24
meses.

Os produtores enquadrados no Pronaf e que tenham até 30 animais
receberão as doses gratuitamente. A comprovação da vacina, para
aqueles produtores que a compram, se dá mediante apresentação da nota fiscal
na Inspetoria até o dia 07 de dezembro.

Ocorrem a seleção de ventres para o período de entoure e a
inseminação artificial em vacas vazias, onde o cio tem sido de boa
intensidade. As pastagens pouco abundantes no mês de outubro, em função das
chuvas, poderão comprometer a repetição de cria das
vacas com terneiro ao pé.

Alguns produtores usam a técnica IATF – Inseminação Artificial com
Tempo Fixo, especialmente nesta categoria de vacas. Na região de Santa Rosa,
cresce o número de produtores de leite que estão abandonando a atividade e
passam a produzir terneiros com aptidão para bovino de corte, inseminando
sêmen de touro Angus em vacas Jersey e Holandesa.

Também a atenção com os touros, para a temporada reprodutiva que está
sendo realizada nesta época. Os produtores realizaram aquisição
de reprodutores necessários para a temporada. De maneira geral as médias de
preços dos reprodutores estão entre R$ 9.000,00 e 10.000,00.
Em Caçapava do Sul, vacas e novilhas prenhas estão sendo negociadas na faixa
dos R$ 2.200,00; novilhas para entourar, na faixa de R$ 1.700,00.

Ocorre engorda e comercialização de novilhos e vacas vazias. Há
tendência de diminuir a oferta de animais para abate, pela proximidade do
término da safra de gado gordo oriundo das pastagens de inverno; os preços
mantêm-se firmes. Na região de Santa Maria o preço médio do boi se manteve
estável, sendo comercializado a um preço médio de R$ 4,83/kg; a vaca com
preço médio de R$ 4,38/kg.

Há procura por animais de recria e para terminação em todas as
regiões de pecuária. Com informações do boletim semanal divulgado pela
Emater (RS).

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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