Porto Alegre, 8 de setembro de 2021 – Para a Bahia se tornar Zona Livre de
Aftosa Sem Vacinação vai precisar do apoio e mobilização dos produtores na
realização do cadastro de geolocalização de propriedades rurais.
A medida é uma das exigências do Ministério da Agricultura e
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para suspender a obrigatoriedade da
vacina contra a doença em território baiano, diminuindo o custo da produção
agropecuária, já que o criador não vai gastar com a aquisição de doses, e
possibilitar uma base de sustentação a um serviço de defesa sanitária mais
ágil e eficiente.
Atualmente existem 377.864 propriedades em todo o Estado. Destas, 48,7% já
estão geolocalizadas no sistema da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia
(Adab). A meta do órgão é geolocalizar 100% delas até dezembro deste ano.
Para alcançar a totalidade, a Agência vai contar com o apoio da Federação da
Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb). As duas instituições uniram
esforços e montaram estratégias para incrementar esses dados. A partir de
agora, os produtores terão a chance de fazer a autodeclaração, através do
ícone “Geolocalização” no site www.adab.ba.gov.br.
“Precisamos assegurar a sanidade do rebanho baiano e a qualidade das
lavouras, abrangendo fazendas de pequeno, médio e grande porte do Estado”,
explica o diretor geral da Adab, Oziel Oliveira. Desde 2019, por meio da
Portaria n 186, a Agência tornou obrigatória a inclusão das coordenadas
geográficas para abertura de novos cadastros na base de dados da instituição.
“Com o apoio da Faeb e sua capilaridade, pretendemos mobilizar os produtores
para que eles compreendam a importância dessa ação, já que o setor
agropecuário é responsável por movimentar parte significativa da economia
baiana, além de alimentar a população com produtos seguros para o consumo”.
A Faeb disponibilizou sua estrutura e redes de apoio. A entidade vai
mobilizar os pecuaristas que tiverem conectividade nas fazendas a fazer a
autodeclaração. Aqueles que não tiverem sinal de internet serão orientados a
procurar um posto da Adab para declarar. “A geolocalização é item essencial
para a Bahia avançar como zona livre sem vacinação, e isso representa um
duplo benefício para o produtor: financeiro, pois vai baratear os custos de
produção, e segurança do patrimônio. Este último, por sua vez, também
acaba impactando positivamente na parte comercial, já que nossa produção
será oriunda de zona livre, agregando mais valor”, pontua.
Com as parcerias desenvolvidas ao longo dos anos, a Adab avançou em seus
níveis de certificação, mas com as exigências dos mercados que buscam cada
vez mais rastreabilidade e segurança, a geolocalização é vista como uma
ferramenta de vigilância fundamental para as atividades do segmento. Para o
diretor de defesa animal, Carlos Augusto Spínola, a geolocalização é
importante para, futuramente, elaborar um melhor planejamento da rotina de
ações de vigilância e fiscalização, identificação e classificação de
pontos de risco sanitário para diferentes pragas e doenças, além da
realização de investigações epidemiológicas. “Considerando as dimensões
territoriais da Bahia, precisamos adotar múltiplas estratégias para
incrementar nosso índice de propriedades geolocalizadas, exatamente como outros
estados da Federação já fizeram e, assim, aprimorar nossas defesas. E contar
com o apoio da Faeb vai ser fundamental para o sucesso das ações”, disse
Spínola.
Quem tem acompanhado esse trabalho, desde 2019, é o fiscal estadual
agropecuário e médico veterinário da Adab, Antonio Maia. Ele coordena a
ação e realizou pesquisa de “benchmarking” com as agências de defesa
agropecuária do País, como a do Tocantins, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do
Sul, Espírito Santo e Minas Gerais, para avaliar as melhores estratégias a
serem adotadas na Bahia. “Usamos banco de dados de instituições parceiras
para identificar e cadastrar propriedades, além de montar uma força tarefa com
fiscais e técnicos em campo para a atividade, mas entendemos que será
necessária a participação direta dos produtores para que a Bahia possa
alcançar, no devido tempo, as condições para suspender a vacinação contra a
Febre Aftosa. A autodeclaração é viável e promissora”. Com informações
das assessorias de imprensa da Adab e da Faeb.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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