Porto Alegre, 09 de novembro de 2015 – Os pecuaristas de Mato Grosso do
Sul elevaram a qualidade dos animais encaminhados para indústria frigorífica
em comparação ao início ano. O percentual de animais com padrão desejável
pelos frigoríficos passou de 18% em janeiro deste ano, para 26,47% em setembro.
A avaliação do JBS leva em consideração os abates de suas nove plantas
sul-mato-grossenses e foi ressaltada pelo pecuarista de Figueirão, Rubens
Catenacci, em entrevista durante o 1 Circuito Pecuário, nesta sexta-feira
(6), em Camapuã.
De acordo com dados do JBS, a qualidade superior nos animais foi
perceptível a partir de abril e, é justificada pelo aumento da bonificação
ao pecuarista, a partir de abril deste ano. “Desenvolvemos uma campanha que
buscava aproximação do pecuarista com a indústria, que também aumentou a
bonificação dos criadores com rebanho de melhor qualidade, assim, o empenho do
produtor rural elevou e passou ser ainda mais reconhecido”, pontua Eduardo
Pedroso, do setor de originação da multinacional.
Segundo Catenacci, os números representam o empenho do produtor rural e
o desenvolvimento do Nelore. “A valorização é superior quando se entrega na
porta da indústria animais oriundos de cruzamento industrial, mas a raça tem
mostrado seu potencial, e com o manejo e nutrição adequados, diminuindo seu
tempo de abate, os resultados surpreendem o mercado. Passamos a produzir carne
digna de exportação com a raça mais comum no País, com valorização bem
superior ao praticado no mercado”, enfatiza o proprietário da Fazenda 3R.
Já o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS
(Famasul), Mauricio Saito, destacou que o progresso no Estado quanto a
produção agropecuária se deve à ciência. “O Estado é privilegiado por
ser o único com três unidades da Embrapa, e Fundações de Pesquisa tão
relevantes que fazem o produtor rural avançar”, enfatiza. “Mas podemos
avançar ainda mais, de acordo com a Fundação MS, dos nove milhões de
hectares que temos em algum estágio de degradação, quatro têm potencial de
introduzirmos Integração Lavoura Pecuária e Floresta, aumentando nossas
médias de produção e rentabilidade ao produtor rural”, completa Saito.
O criador de Camapuã, proprietário da Verdana Agropecuária, Bruno
Grubisich, afirma que as bonificações e valorização da arroba, tem instigado
a busca por animais com genética de ponta que influenciam nos resultados da
propriedade. “Os criadores da região Norte tem procurado incremento de
produtividade, adquirindo touros melhoradores, com avaliações sólidas
pedigree e acurácia, aspectos que refletem diretamente na produtividade. Há
quatro anos forneço animais em Camapuã e sêmen, e o feedback quanto aos
resultados positivos, dentro e fora da porteira”, esclarece.
Ainda que com taxas acima da média nacional, o prefeito de Figueirão,
Rogério Rosalin, manteve o desafio aos pecuaristas da região Norte para se
tornarem os responsáveis pela melhor carne brasileira. “Já temos Camapuã
como a Capital do Bezerro de Qualidade, destaque nacional. Agora temos de
expandir esse status e produzirmos a carne cota Hilton, apreciada por todos os
continentes”.
O chefe Geral da Embrapa, Cleber Oliveira Soares; o presidente do
Sindicato Rural de Camapuã, Saturnino Silvério Pereira; o presidente da
Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio
José Camaderlli, o secretário de Estado da Produção e Agricultura Familiar
(SEPF), Fernando Mendes Lamas, e outras autoridades também participaram do 1
Circuito Pecuário, realizado pela Famasul. As informações partem da
Assessoria de Imprensa da Famasul.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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