Porto Alegre, 23 de outubro de 2018 – O Paraná tem um novo guia de
práticas para propriedades dedicadas à criação de suínos. A Portaria n
265, elaborada pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), da
Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, é a primeira do país a
regulamentar a biosseguridade em granjas de suínos. O objetivo do documento é
garantir a prevenção e o controle de doenças infecciosas na criação desses
animais.
A Portaria entra em vigor em 17 de novembro, 60 dias após a data de
publicação. A partir daí, os produtores terão um ano para adequação das
granjas de produção de suínos comerciais. A Adapar, que também será
responsável pela fiscalização das propriedades, está à disposição dos
produtores para esclarecimentos e orientações.
Hoje, cada empresa adota seus critérios para biosseguridade, seguindo um
padrão mínimo. Com a nova proposta, o Estado vai garantir maior qualidade
sanitária para os rebanhos.
A Adapar vem trabalhando nesta norma há alguns meses. “Ganhamos muita
experiência com as normas de biosseguridade da avicultura, adotadas no Paraná
nos últimos anos”, explica o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael
Gonçalves Dias. “A Portaria foi elaborada com base nas recomendações da
Embrapa Suínos e Aves. Ouvimos também o setor produtivo, que ajudou a elaborar
as normas após reunião do Conselho Estadual de Sanidade dos Suínos
(Coesui)”, acrescenta.
Entre os principais pontos da normativa está a estrutura física das
propriedades, que precisa ser avaliada. Cerca de isolamento, vestiários,
embarcadouros e desembarcadouros, locais de armazenamento de ração e insumos,
compostagem e a água fornecida aos animais são alguns dos itens regulamentados
pela Adapar.
Com o fim do prazo de 12 meses para readequação, os proprietários que
não tiverem efetivado as melhorias podem ser impedidos de alojar animais
enquanto não respeitarem as orientações da Portaria. Entretanto, a
expectativa da Adapar é que os criadores consigam adaptar as propriedades no
prazo estabelecido, já que parte das granjas do Paraná já segue a maioria das
exigências.
O gerente de Saúde Animal destaca que esta é uma importante cadeia
produtiva e que merece maior atenção. “Estamos prevenindo a entrada de
doenças de alto impacto na saúde dos suínos, como a peste suína clássica,
peste suína africana e a Doença de Aujeszky, entre outras, além de contribuir
para a prevenção e o controle de doenças de produção como salmoneloses”,
completa Dias.
Segundo dados de 2017 do Departamento de Economia Rural (Deral), o Paraná
é o segundo maior produtor de suínos do Brasil, com 828,2 mil toneladas/ano,
representando 21,7% da produção brasileira – são 9,2 milhões de cabeças
abatidas.
Atualmente, o rebanho de suínos do Paraná é o maior do Brasil, com 7,13
milhões de cabeças. Também ocupa a terceira posição no ranking brasileiro
de exportação de suínos. No ano passado foram exportadas 97 mil toneladas de
carne. A renda gerada para o Estado é de R$ 3,78 bilhões por ano. Com
informações da assessoria de imprensa da Secretaria da Agricultura e do
Abastecimento do Paraná.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 09/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,75Preço base - Integração
Atualizado em: 08/05/2025 09:40