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CARNES: Pecuária do Brasil perde R$ 32 bi ao ano por baixa produtividade

10 de maio de 2018
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Porto Alegre, 10 de maio de 2018 – A pecuária brasileira poderia ganhar R$
32 bilhões a mais por ano se a produtividade fosse semelhante à dos Estados
Unidos, país que detém 40% do nosso rebanho e, mesmo assim, produz quase 22% a
mais de carne bovina por ano, tem produção de bezerros 65% superior e
desfrute 80% maior.

“Outros indicadores saltam aos olhos: nos EUA, a idade média de abate é
de 21 meses contra 48 meses no Brasil e as carcaças pesam em média 358 kg
contra 244 kg aqui. Como aceitar uma realidade dessas? A diferença é que lá a
pecuária é uma atividade profissional como qualquer outra e as decisões são
técnicas, nunca emocionais; as informações são cruas, sem interferência
humana, obtidas e processadas em tempo real. É a pecuária de precisão levada
muito a sério”, explicam Paulo Dancieri Filho, Carlos Gomes e Renato Leão
Cavalcanti, idealizadores da plataforma BovExo, apresentada ao mercado pela
primeira vez na Agrishow 2018.

A BovExo é uma ferramenta tecnológica de suporte à tomada de decisões
dos pecuaristas. Com parâmetros corretos e não emocionais e processos
metódicos, a plataforma fornece – muitas vezes em tempo real – as
informações necessárias para o produtor tomar as melhores decisões de curto,
médio ou longo prazo, proporcionando a melhoria dos resultados da atividade.

“Sim, é possível tornar a pecuária brasileira tão ou mais produtiva
que a pecuária norte-americana ou qualquer outra modalidade econômica, seja a
soja, o CDB, o dólar ou as ações. Tudo começa pela atenção especial a um
ponto essencial de qualquer empresa, mas que nem sempre tem merecido a
consideração necessária: a gestão”, destaca Carlos Gomes, especialista em
tecnologia aplicada ao agronegócio (sócio-fundador da iLab Sistemas, que
revolucionou a indústria sucroalcooleira com suporte à decisão estratégica e
operacional).

“A pecuária pode ser muito rentável, porém é mal gerenciada”,
concorda o pecuarista Renato Leão Cavalcanti. “A rentabilidade da atividade
pode ser multiplicada por até seis vezes caso os produtores sigam processos com
rigor, atenção e comprometimento”, ressalta.

A primeira e talvez mais importante decisão dos pecuaristas rumo ao
aumento da rentabilidade é a mensuração dos dados, como peso ao nascer, à
desmama e ao sobreano, ganho de peso diário, rendimento de carcaça, idade do
abate.

Também é essencial considerar uma série de variáveis para a tomada de
decisões, como:
. É mais rentável vender o gado mais tarde e mais pesado ou mais cedo e mais
leve?
. Rende mais o gado terminado em semi confinamento, confinamento ou terminado a
pasto?
. Qual a lotação por UA que proporciona mais lucro?
. Qual o cenário de mercado para os insumos a curto e médio prazo?
. O que os frigoríficos mais bonificam: animais jovens com teor mediano de
gordura ou animais mais erados com mais gordura na carcaça?
. Que raça ou cruzamento me oferece mais condições de ganho?

Paulo Cesar Dancieri Filho, também CEO da Coimma Balanças, cita outro
dado que depõe contra a busca por produtividade e rentabilidade na pecuária
brasileira. “Somente 10% dos pecuaristas têm balança em suas fazendas. Como
medir a rentabilidade do negócio se não se sabe nem o peso dos seus animais
nas diferentes idades, inclusive na hora do abate. Isso é elementar”, diz.
“Tudo passa pela boa gestão da atividade e a mensuração é um dos
principais pilares”.

“O pacote genético pode ser bom, o manejo sanitário pode cumprir os
seus objetivos, a equipe pode fazer o seu trabalho com profissionalismo, porém
se todas essas informações não forem gerenciadas com rigor e de maneira
sistemática não se sabe o atual nível de rentabilidade. Aliás, não se sabe
se há rentabilidade”, complementa Carlos Gomes.

Devido à sua importância, a mensuração dos dados é o primeiro projeto
da plafatorma BovExo em prol do aumento da rentabilidade da pecuária
brasileira. Ele é apresentado com exclusividade na Agrishow 2018.

Pecuarista, Renato Cavalcanti foi convidado por Paulo Cesar Dancieri Filho
e Carlos Gomes a fazer um projeto piloto em sua propriedade com a plataforma
BovExo e a balança digital BalPass, da Coimma, que colhe e disponibiliza uma
série de medições do rebanho na nuvem, em tempo real.

Renato gostou tanto do resultado que resolveu se tornar um dos
idealizadores e investidor da BovExo. “A pecuária brasileira é fantástica.
São mais de 220 milhões de cabeças, dezenas de opções genéticas viáveis e
uma tremenda importância como fornecedor de proteína animal de qualidade para
atender à crescente demanda global. Porém, tem imagem ultrapassada e vive em
uma eterna gangorra de lucro/prejuízo devido à normal oscilação do preço da
arroba do boi gordo. Toda atividade econômica tem altos e baixos, porém a
pecuária sofre muito sempre que ocorre um período de preços baixos. Quero
contribuir para mudar essa situação trabalhando na base, fornecendo a
tecnologia necessária para os pecuaristas tomarem as decisões corretas”, diz
Renato Cavalcanti.

Carlos Gomes ressalta que, para o sucesso da profissionalização da
pecuária é preciso usar todo o arsenal tecnológico disponível, incluindo a
Internet das Coisas. Para isso, ele diz, “as decisões precisam ser tomadas
com os olhos no futuro e não mais de acordo com o histórico passado. As
situações de mercado e desempenho do passado são importantes referências,
porém a rentabilidade virá se a tomada de decisões considerar os cenários
que estão adiante”, diz.

Parceria com BalPass é o primeiro projeto da plataforma BovExo

A plataforma BovExo faz sua primeira parceria com o BalPass, um novo
conceito em pesagens da Coimma Balanças. Com o sistema de pesagem dinâmica, o
rebanho é pesado automaticamente e o sistema envia os pesos e informações dos
animais para a nuvem, permitindo que o dono tenha acesso em qualquer lugar
(pelo app do celular ou web) em tempo real, possibilitando a tomada de decisões
sem que animal passe pelo estresse de ser levado até o curral.

“Há uma indiscutível sinergia entre a proposta da BovExo e o conceito
BalPass”, explica Paulo Cesar Dancieri Filho, destacando que BovExo está
aberta a parcerias com outros sistemas de pesagens disponíveis no mercado
brasileiro. Aliás, o seu próximo passo estratégico é a agregação de novos
parceiros de tecnologias de sensoreamento e medição, a começar por outros
fabricantes de balanças, sistemas de identificação animal, rastreamento de
comportamento etc. As informações partem da assessoria de imprensa da
plataforma BovExo.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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