CARNES: Preços do boi têm ligeira alta no RS – Emater

Porto Alegre, 03 de dezembro de 2015 – Na semana que passou, tivemos
períodos de sol mais intenso e diminuição do volume de chuvas no Rio Grande
do Sul, favorecendo o rebrote do campo nativo e das pastagens perenes de verão,
ofertando um maior volume de forragens de maior qualidade.

As lotações são manejadas de acordo com a carga animal, procurando
evitar superlotações e destruição da pastagem em terrenos alagadiços. Em
regra geral, as áreas destinadas para o plantio da soja e de outras culturas de
verão já foram todas desocupadas pelo gado, pois estamos em pleno período de
plantio da safra estival.

Entretanto, ainda é possível encontrar potreiros com algumas restevas
das culturas de inverno, e que foram implantadas as pastagens
anuais de inverno e que também têm apresentado um bom rebrote. O gado destas
áreas já foi comercializado ou transferido para o campo nativo
ou as pastagens de verão.

Os pecuaristas priorizam os melhores pastos para as vacas com
terneiro ao pé e também para a engorda de novilhos e vacas vazias. Os
produtores seguem mineralizando seus rebanhos. A maioria dos produtores está
com 90% dos terneiros nascidos nesta temporada, executando manejos de limpeza,
assepsia, corte e atadura do umbigo dos terneiros para evitar bicheiras e um
manejo correto das vacas com cria ao pé, para que as mesmas entrem em cio, com
repetição de cria anual.

Estamos no início da temporada reprodutiva, que geralmente se estende
até os meses de fevereiro-março. Isso requer que o produtor esteja com seus
touros manejados em termos nutricionais e andrológicos e que as matrizes
estejam com bom escore corporal para atingir bons índices reprodutivos –
entrada em cio, prenhez e natalidade.

Também é o período final de toque retal para verificar as vacas com
atividade reprodutiva ativa, para serem concentradas e
inseminadas artificialmente por métodos tradicionais, sincronização de cio ou
até mesmo por Inseminação Artificial por Tempo Fixo – IATF,
especialmente em vacas com cria ao pé.

Os pecuaristas estão manejando seus rebanhos para realizar castrações,
assinalações e marcações dos terneiros e terneiras desta temporada. Também
realizaram a segunda dose de vacina contra a
febre aftosa, fase encerrada em 30 de novembro.

Os produtores enquadrados no Pronaf e que tenham até 30 animais receberam
as doses de vacina contra a febre aftosa gratuitamente. A
comprovação da vacina, para aqueles produtores que a compram, se dá mediante
apresentação da nota fiscal na Inspetoria até 07 de dezembro,
segunda-feira próxima.

Os produtores estão fazendo o controle do carrapato, cuja infestação
aumenta com a elevação da temperatura, através de banhos carrapaticidas, com
o cuidado de fazer trocas periódicas de princípio ativo, evitando resistência
dos carrapatos aos produtos carrapaticidas.

O aumento da infestação de carrapatos vem acompanhado do surgimento de
casos de Tristeza Parasitária em animais sem imunidade. Prossegue também o
combate da verminose, e começa a infestação de mosca do chifre. Ocorre
vacinação da brucelose nas terneiras entre três a oito meses.

Há tendência de diminuir a oferta de animais para abate, pela
proximidade do término da safra de gado gordo oriundo das pastagens de inverno.
Os preços estão com ligeira alta, característica da época; em
algumas regiões os preços pagos pelo kg/vivo dos animais continuam atrativos;
há procura por animais de recria e para terminação.

Em Caçapava do Sul vacas e novilhas prenhas estão sendo negociadas na
faixa dos R$ 2.200, e novilhas para entourar, na faixa de R$ 1.700. Ocorre
comercialização de novilhos e vacas vazias. Em Passo Fundo o preço médio de
comercialização do boi gordo foi de R$ 156 a 174 a arroba; vacas descarte,
entre R$ 123 e 135 a arroba.

Em Santa Maria o preço médio do boi se manteve estável, com ligeira
alta; o boi foi comercializado a um preço médio de R$ 4,93/kg, e a vaca com
preço médio de R$ 4,41/kg. Em Santa Rosa, produtores de leite vêm inseminando
as vacas de menor potencial produtivo com sêmen de raças de corte.

Bezerros e/ou bezerras gerados neste processo são facilmente
comercializados para terminadores; em muitos casos, os animais são terminados
(engordados) na propriedade. Com informações do boletim semanal divulgado pela
Emater (RS).

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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