Porto Alegre, 26 de julho de 2018 – A reversão da espiral negativa em
torno do clima de crise setorial foi a principal defesa do presidente da
Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, durante sua
apresentação no Global Agribusiness Forum (GAF), na segunda-feira (25), em
São Paulo (SP).
Palestrando no painel “o consumo de Proteína direcionando a expansão
agrícola”, o ex-Ministro da Agricultura destacou uma mudança de postura
setorial em relação aos problemas de imagem enfrentado nos últimos meses.
“Eu acredito que o Brasil aprendeu uma lição: de passar a defender o seu
produtor e o seu produto. Às vezes nós pegamos uma exceção e fazemos um
baita estrago lá fora”, destacou.
Turra fez uma reflexão sobre o histórico do setor produtivo, que ao longo
de 40 anos, exportou mais de 60 milhões de toneladas de carne de frango e 9,3
milhões de toneladas de carne suína, e nunca registrou qualquer caso de
problema de saúde pública comprovadamente vinculado aos produtos embarcados a
203 países nos cinco continentes. “Ao longo de quatro décadas, nós nunca
tivemos problemas que envergonhassem o nosso setor”, destacou.
Neste sentido, o presidente da ABPA afirmou que os problemas pontuais,
transformados na divulgação à imprensa como uma situação generalizada,
mostra a importância de uma reversão da postura brasileira em torno dos
problemas internos. “Nós não aplaudimos quem tem más prática, comete
irregularidades. Não aplaudimos, jamais. Quem é global não pode errar! Mas os
outros países, estão imunes de problemas? Não. Veja os casos de Salmonella
nos EUA, de Influenza Aviária e até problemas de qualidade com proteínas
animais na Europa. Mas não vendem para nós estas informações com a mesma
‘crueza’ o que nós vendemos lá fora. Não chegam com a mesma intensidade
que chegam as nossas notícias lá fora. Eu vi reproduzido no México a mesma
manchete: Brasil vende carne podre para o mundo. Uma mentira, propagada. Mas é
uma lição para nós, como nação, sobre a importância de se defender diante
destas inverdades”, ressalta.
Em meio a um dos momentos de profunda crise setorial, o presidente da ABPA
destaca os diferenciais competitivos como caminho para a retomada. “Há poucos
anos estávamos no terceiro lugar em produção de carne de aves no mundo. A
China estava na frente, era o segundo maior produtor. Hoje somos nós, e
continuamos a liderar o comércio internacional avícola. Somos fortes,
também, na produção e na exportação de carne suína. Somos diferenciados,
nunca tivemos casos de Influenza Aviária e somos livres de várias doenças no
setor de suínos. Nosso setor o agronegócio, tem fundamento na ciência, na
tecnologia e na inovação. Tenho toda crença de que nós vamos superar este
momento”, afirma.
Com o presidente da ABPA, participaram do Secretária-geral do
International Poultry Council, Marília Rangel, o CEO a Minerva S.A., Fernando
Galletti de Queiroz, e o Consultor para o Desenvolvimento Sustentável entre o
Brasil e a Alemanha, Bernd dos Santos Mayer. O painel foi moderado por Arnaldo
Borges, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebuínos (ABCZ).
As informações partem da assessoria de imprensa da ABPA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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