Porto Alegre, 29 de outubro de 2015 – A segunda etapa da campanha de
vacinação contra a febre aftosa em Goiás será realizada em novembro. Neste
período, está prevista a imunização apenas dos bovinos e bubalinos com menos
de 24 meses no Estado. O calendário da vacinação varia de acordo com algumas
localidades no Brasil, mas é definido pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA). Em Goiás, o rebanho total é de,
aproximadamente, 22 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 130 mil
propriedades rurais.
Além de Goiás, os estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Sul, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal imunizam somente esta
faixa etária na etapa de novembro. Atualmente, apenas Santa Catarina é
reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de
febre aftosa sem vacinação. Mato Grosso e Paraná pleiteiam o mesmo status.
Em Mato Grosso, por exemplo, criadores do Pantanal iniciam a aplicação
das doses no próximo mês, seguindo a regra estipulada pelo Ministério. No
Pantanal do lado sul-mato-grossense, no entanto, somente quem não vacinou o
rebanho em maio e junho o faz agora. Já os estados do Amapá, Roraima e
Amazonas estão na lista dos que não estão livres mesmo com imunização,
sendo que em determinadas áreas, segundo o Mapa, a prevenção contra o vírus
foi adiada para dezembro após serem feitos novos estudos de sorologia.
Segundo entidades que fiscalizam o setor, Goiás exporta atualmente carne
para mais de 100 países e por isso a vacinação é tão importante. Para que o
produtor faça tudo corretamente, é necessário vacinar o rebanho nessa faixa
etária e depois fazer a declaração junto à Agrodefesa ou pela internet. Em
Goiás, o último foco de febre aftosa ocorreu há vinte anos e o Estado é
considerado zona livre internacional da doença há quinze anos.
ARRASTÃO
Com o término da primeira etapa, em maio, a Agência Goiana de Defesa
Agropecuária (Agrodefesa) fez o balanço dos animais vacinados e iniciou o
‘Arrastão da Aftosa’. Com o Arrastão, a entidade identificou os
proprietários que não vacinaram seus animais e as propriedades que não
declararam a vacinação.
De acordo com relatório divulgado pela Agrodefesa, a primeira etapa de
vacinação da febre aftosa mostra que 99,72% do rebanho goiano foi vacinado
neste ano. O número representa 21,016 milhões de animais vacinados contra a
doença naquele momento. Este já é o quinto ano consecutivo que Goiás
alcança o índice de vacinação previsto pela Entidade.
MULTAS
Aqueles pecuaristas que não entregarem a declaração de vacinação, mas
mesmo assim realizarem a atividade, serão autuados e pagarão uma multa de R$
60 por propriedade. Já os que realmente ficarem sem vacinar o rebanho nesta
etapa, devem pagar uma multa no valor de R$ 7 por cabeça. Estes recebem uma
equipe da Agrodefesa que acompanha a vacinação. É a chamada vacinação
assistida. Caso o criador seja reincidente, a multa fixa é de R$ 120 por não
declaração da vacinação e paga-se por cabeça o valor de R$ 14 por não
vacinação. Nos últimos cinco anos, Goiás se manteve entre os estados com
maior índice de vacinação.
De acordo com o médico veterinário da Agroquima, uma das empresas que
comercializa a vacina em Goiás e em outros cinco estados, Rômel Athayde
França, a febre aftosa favorece a redução no peso do animal, provoca lesões
nos cascos e prejudica a produção de leite. “Além de poder levar à morte
os animais mais jovens”, alerta. Rômel destaca que o maior problema causado
pela doença é a perda de status de país ou região exportadora. Com a
vacinação, a aftosa está controlada no Brasil. As informações partem da
assessoria de imprensa da Agroquima.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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