Porto Alegre, 14 de outubro de 2016 – Uma pecuária sustentável deve
promover a preservação do meio ambiente, a justiça social e a viabilidade
econômica. Deve ainda atender as necessidades do presente sem comprometer as
gerações futuras. Estes são os requisitos defendidos pela Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para promover a produção pecuária
brasileira. A Confederação parabeniza a todos os pecuaristas brasileiros pelo
Dia da Pecuária, comemorado hoje, (14/10).
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram
que o rebanho bovino brasileiro possui mais de 215 milhões de cabeças. Os
cincos maiores estados produtores são: Mato Grosso, com 29 milhões de
cabeças; Minas Gerais, com 23 milhões; Goiás, com 21 milhões; Mato Grosso do
Sul, com 21 milhões e Pará, com 20 milhões. Nos últimos 14 anos, as
exportações brasileiras de carne cresceram 737%, passando de US$ 779 milhões,
em 2000, para o recorde de US$ 6,4 bilhões, no ano de 2014. O Brasil é um dos
líderes mundiais em vendas externas do produto, com 21% do mercado
internacional.
A pecuária de corte deixou de ser, já há alguns anos, uma atividade
extrativista e com baixo uso de tecnologia, sem as devidas gestões técnicas e
econômicas. Atualmente, a pecuária moderna cumpre normas aliando produção
animal e preservação ambiental, bem como se preocupa com a qualidade de vida
dos trabalhadores envolvidos na atividade, buscando otimização financeira
entre custos de produção e margens de rentabilidade.
As práticas sustentáveis de produção de proteína animal contribuem com
a sociedade civil em âmbito rural e urbano, tanto no provimento alimentício
quanto nas condições ambientais, além de sustentação social e econômica na
geração de emprego e renda.
Dentro das propriedades as vantagens também são garantidas,
principalmente na produção integrada de lavoura, pecuária e floresta, quando
se busca o uso racional de recursos naturais incluindo medidas corretivas de
fertilidade de solo e o melhor aproveitamento hídrico numa adequada interação
entre vegetal, animal e o meio ambiente.
O pecuarista brasileiro oferece ao mercado um produto proveniente de
sistemas produtivos sustentáveis com os devidos acompanhamentos dos requisitos
necessários. A comunidade científica também vem tentando quantificar a
sustentabilidade nesse segmento por meio da difusão de técnicas, tecnologias e
práticas, tais como o plantio direto, a integração lavoura/pecuária, a
integração pecuária/floresta, o manejo de pastagem e o melhoramento animal. A
utilização de metodologias reconhecidas qualitativa e quantitativamente
demonstrará o elo existente entre o conceito e seu efetivo resultado prático,
possibilitando ao Brasil ser reconhecido e valorizado no contexto internacional
de produção sustentável de commodities agrícolas.
Exportação de carne bovina para os EUA
Desde agosto, o Brasil está habilitado para exportar carne bovina para
Estados Unidos. A abertura do comércio bilateral do produto foi formalizada
pelos governos brasileiro e norte-americano. Os frigoríficos interessados em
exportar carne bovina in natura para os Estados Unidos deverão pedir a
habilitação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
que verificará se a empresa cumpre os requisitos sanitários exigidos pelas
autoridades americanas.
Caso as normas estejam de acordo, o ministério indicará o estabelecimento
aos EUA, que dará o aval à importação da carne bovina in natura, com base
no acordo de equivalência. A abertura do mercado americano representa um grande
avanço, pois o Brasil vinha negociando sobre o assunto deste o ano de 1999.
Além de compradores em potencial, os EUA são referência em exigências
sanitárias para produtos como a carne e a abertura poderá incrementar em US$
900 milhões o valor total das exportações brasileiras de carne bovina.
Comissões da CNA
A Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte juntamente com a Comissão
Nacional de Meio Ambiente, ambas da CNA, acompanham projetos de avaliação
sustentável da pecuária brasileira, entre eles: Roadmap da Carne Bovina,
ações do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), que resultou na
construção de um conjunto de ações consideradas essenciais pelo setor para o
cumprimento do Código Florestal Brasileiro e na promoção da intensificação
da pecuária; e o projeto INPUT (Iniciativa para Uso da Terra) que tem como
objetivo maior criar evidências que permitam a regularização perante o
Código Florestal Brasileiro, promovendo a produção sustentável da
agropecuária brasileira. As informações partem da assessoria de imprensa da
CNA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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