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CORONAVIRUS: Torres confirma reunião para mudar bula da cloroquina

11 de maio de 2021
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Porto Alegre, 11 de maio de 2021 – O diretor-presidente da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, confirmou que
houve uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro em que foi discutida a
possibilidade de alterar por decreto a bula da cloroquina, de forma que ela
pudesse ser usada no tratamento contra a covid-19.

“Sim, me recordo”, disse ele à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
do Senado que apura erros e omissões do governo no combate à pandemia, ao ser
questionado a respeito da reunião – mencionada pela primeira vez pelo
ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta. “De minha memória estávamos lá
Braga Netto, Mandetta, eu, Nise Yamaguchi, um médico sentado ao lado dela e
realmente não tenho na minha memória registro das presenças do ministro Jorge
Oliveira e ministro [Luiz Eduardo] Ramos”, acrescentou.

Mandetta havia dito em seu depoimento à CPI que havia um rascunho de
decreto para que fosse alterada a bula da cloroquina, e que Barra Torres
contestou essa possibilidade. O diretor-presidente da Anvisa confirmou a versão
do ex-ministro.

“Este documento foi comentado pela doutora Nise Yamaguchi, o que provocou
reação confesso até um pouco deselegante minha, muito imediata, de dizer que
aquilo não poderia ser, porque só quem pode modificar uma bula de um
medicamento registrado é a agência reguladora daquele país, mas desde que
solicitado pelo detentor do registro”, disse Torres.

“Quando houve proposta de pessoa física de fazer isso, isso me causou
reação um pouco mais brusca, eu disse: olha, não tem cabimento, isso não
pode, e reunião não durou muito mais depois disso”, acrescentou.

Ele afirmou que estava na reunião porque fazia parte de um grupo executivo
interministerial para discutir a pandemia, no qual a Anvisa tinha assento.
“Estava á na qualidade de integrante do grupo. Depois dessa proposta, me
retirei. Não tenho informação de quem é o autor [do rascunho do decreto]. A
doutora [Yamaguchi] perguntou dessa possibilidade e pareceu estar, digamos,
mobilizada”.

Torres disse também que nunca fez reunião com o presidente Jair Bolsonaro
para aconselhá-lo sobre a condução da pandemia de covid-19 e ressaltou ser
contrário ao posicionamento do presidente a respeito do chamado tratamento
precoce – uso de medicamentos como cloroquina e ivermectina no combate à covid.

“Existe hoje no Brasil um estudo em aberto [sobre o uso da cloroquina no
tratamento de doentes com covid-19] que avalia dados de uso em casos leves, tem
previsão de acabar dia 31 de dezembro. Até presente momento, estudos apontam
não eficácia comprovada em estudos ortodoxamente regulados, placebo
controlado, duplo cego e randomizados. Até o momento as informações vão
contra a possibilidade do uso na covid-19”, disse ele.

“A minha posição sobre tratamento precoce da doença não contempla essa
medicação, por exemplo, e contempla sim testagem e diagnóstico precoce e
observação de todos sintomas”, acrescentou.

Torres também disse que as manifestações do presidente Jair Bolsonaro
contrárias à vacinação vão “contra tudo o que temos preconizado em todas
as manifestações públicas, pelo menos as que tenho feito”.

“Entendemos que a política de vacinação é essencial, temos que vacinar
as pessoas. Temos sim que nos vacinar. Se todos nós estamos sentados nesta
sala, é porque um dia ou pai ou mãe ou responsável nos levou pela mão e nos
vacinou. Discordar de vacina ou falar contra vacina não guarda razoabilidade
histórica. Vacina é essencial”, afirmou. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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