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DEFENSIVOS: Mercado biológico tem excelentes perspectivas no Brasil

10 de novembro de 2015
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Porto Alegre, 10 de novembro de 2015 – O mercado mundial de defensivos
agrícolas biológicos tem registrado índice de crescimento cinco vezes
superior ao da indústria de defensivo químico. Segundo dados consolidados pela
CPL Business Consultantes, de 2011 a 2014, o mercado mundial desses produtos
teve crescimento médio anual de 15,3%. A tendência não é diferente no
Brasil, onde a percepção é de que as vendas desse setor cresçam entre 15% a
20% nos próximos anos. As projeções foram divulgadas, em entrevista coletiva,
concedida nesta terça-feira (10), em São Paulo, pela Associação Brasileira
das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), entidade que reúne os principais
produtores desse mercado.

“O rápido crescimento do mercado de defensivos biológicos se deve ao
elevado custo para o desenvolvimento de um novo defensivo químico, em torno de
US$ 250 milhões, à maior demanda da sociedade e também dos órgãos
reguladores pela produção de alimentos sem resíduos e também ao fato de o
defensivo biológico, quando utilizado em alternância com os produtos
químicos, permitir um prolongamento da vida útil dos defensivos químicos”,
explicou Pedro Faria Jr., presidente da ABCBio.

Além desses fatores, Faria Jr. relacionou ainda outros fatores para o
expressivo crescimento, como foco maior em uma agricultura sustentável, na qual
ganha importância o uso de produtos menos tóxicos ao meio ambiente e ao
homem; maior resistência das pragas aos defensivos químicos; oferta limitada
de novas moléculas pelos produtores de defensivos químicos; expressivo avanço
tecnológico verificado na área de defensivos biológicos, com o
desenvolvimento de formulações mais eficientes e com maior vida de prateleira.

De acordo com dirigentes da ABCBio, fatores como uma nova mentalidade dos
produtores agrícolas em relação ao manejo integrado de pragas (MIP), no qual
os defensivos biológicos desempenham papel primordial, também auxiliam nas
boas perspectivas de crescimento das vendas de defensivos biológicos no país
nos próximos anos. “A principal tendência no mercado é de que os
biodefensivos acabem tendo uma convivência harmoniosa com os defensivos
químicos”, comentou Ari Gitz, integrante do Conselho da ABCBio, acrescentando
que há casos em que a prática do MIP tem gerado economia de até 26% em
comparação com o uso de manejo tradicional.

O segmento foi favorecido ainda pela grande importância que os produtos
de controle biológico tiveram em recentes e graves problemas fitossanitários
surgidos em algumas culturas no Brasil. “O exemplo mais marcante dessa
situação foi o aparecimento da Helicoverpa armigera, uma nova praga que já
causou enormes prejuízos aos agricultores brasileiros e cujo controle,
economicamente viável, só foi conseguido graças à introdução de
inseticidas microbiológicos e de insetos parasitoides no plano de manejo de
pragas”, explicou Faria Jr.

Nesse sentido, ganha importância a atuação de institutos de pesquisas
oficiais, onde surgiram muitas das novas tecnologias hoje disponíveis no
mercado. Há um consenso no meio de que ainda há muita tecnologia e práticas
de manejo para se desenvolver. O controle biológico ainda está num estágio
inicial de desenvolvimento, havendo, portanto, muito conhecimento a ser gerado
nesse campo. Os defensivos biológicos chegaram para compor um pacote de
ferramentas de manejo que resultem em soluções para problemas
fitossanitários, no qual os químicos também estão inseridos. Para os
técnicos da ABCBio, na agricultura moderna e sustentável, temos de utilizar,
de forma conjunta, todas as ferramentas disponíveis.

Ainda segundo os dirigentes da ABCBio, auxiliou também na valorização
dos biodefensivos a decisão tomada pelos organismos certificadores de permitir
que os defensivos biológicos fossem registrados por alvo e que, portanto,
possam ser utilizados em todas as culturas. Todos esses fatores fazem do Brasil,
um dos mercados mais importantes para os defensivos biológicos em todo o
mundo. Uma prova disso é que os dirigentes mundiais das empresas relacionadas
com defensivos biológicos escolheram o Brasil para ser a sede do Congresso
Internacional de Biocontrole, agendado para acontecer em Campinas, interior
paulista, no mês de novembro de 2016. Trata-se do mais importante evento
internacional ligado ao segmento de defensivos biológicos e que no Brasil será
coordenado pela ABCBio. As informações partem da assessoria de imprensa da
Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio).

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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