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ECONOMIA: Indice de Preços ao Produtor sobe 0,46% em dezembro – IBGE

30 de janeiro de 2018
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Porto Alegre, 30 de janeiro de 2018 – O Indice de Preços ao Produtor (IPP)
subiu 0,46% em dezembro, desacelerando-se da alta de 1,40% em novembro (dado
revisado), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o IPP encerrou 2017 acumulando alta de 4,18%. Entre novembro e
dezembro de 2016, o IPP havia subido 1,29%.

Em dezembro, os preços das indústrias extrativas e de transformação
(indústria geral), variaram, em média, 0,46% quando comparados a novembro,
percentual inferior ao observado na comparação entre novembro e
outubro/2017(1,40%). No mês, 16 das 24 atividades apresentaram variações
positivas de preços, contra 20 em novembro.

As quatro maiores variações observadas em dezembro/2017 se deram entre os
produtos nas seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (4,59%),
confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,44%), madeira (1,38%) e
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,24%).

Em termos de influência, na comparação entre dezembro e novembro/2017
(0,46%), sobressaíram indústrias extrativas (0,17 p.p.), refino de petróleo e
produtos de álcool (0,09 p.p.), metalurgia (0,06 p.p.) e outros produtos
químicos (0,05 p.p.).

O indicador acumulado no ano (dezembro/2017 contra dezembro de 2016)
atingiu 4,18%, contra 3,71% em novembro/2017. Entre as atividades que tiveram as
maiores variações percentuais sobressaíram: refino de petróleo e produtos
de álcool (18,69%), metalurgia (13,41%), papel e celulose (11,66%) e
indústrias extrativas (11,54%). Neste indicador, os setores de maior
influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (1,88 p.p.),
alimentos (-1,56 p.p.), metalurgia (0,99 p.p.) e outros produtos químicos (0,85
p.p.).

Entre as grandes categorias econômicas, em dezembro, a variação de
preços de 0,46% frente a novembro repercutiu da seguinte maneira: 0,80% em bens
de capital; 0,74% em bens intermediários; e -0,08% em bens de consumo, sendo
que 0,29% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e -0,20% em
bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Já a influência das grandes categorias econômicas foi a seguinte: 0,07 p.p.
de bens de capital, 0,42 p.p. de bens intermediários e -0,03 p.p. de bens de
consumo. No caso de bens de consumo, -0,05 p.p. se deveu às variações de
preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,02
p.p. nos bens de consumo duráveis.

No acumulado no ano (mês atual contra dezembro do ano anterior), as
grandes categorias econômicas tiveram variações de: 4,26% em bens de capital
(com influência de 0,36 p.p.), 6,53% em bens intermediários (3,64 p.p.) e
0,51% em bens de consumo (0,18 p.p.). No último caso, este resultado foi
influenciado em 0,36 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e -0,17
p.p. pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Tiveram destaque nos resultados, os seguintes setores:
Indústrias extrativas: em dezembro, os preços da atividade avançaram 4,59%,
em relação a novembro, sendo a maior variação mensal observada entre as
atividades da indústria geral. Com este resultado, o indicador acumulado do ano
das indústrias extrativas chegou a 11,54%. Na variação mensal (M/M-1), as
atividades extrativas apresentaram a principal influência observada para a
indústria geral: 0,17 p.p. em 0,46%.

Todos os produtos analisados na atividade apresentaram variação positiva
em relação ao mês anterior, com destaque para os “minérios de ferro”. No
indicador acumulado do ano, o destaque foi para os preços dos “minérios de
cobre”.

Alimentos: em dezembro, a variação média de preços do setor foi de
-0,19%, a nona taxa negativa no ano, que acontece depois de duas positivas
consecutivas (de outubro, 0,89%, e de novembro, 0,35%). Com o resultado de
dezembro, pela primeira vez na série histórica que começa em dezembro de
2010, a variação observada no ano foi negativa (-7,29%).

Apesar da queda do preço de “leite esterilizado / UHT / Longa Vida”,
outros produtos que usam o leite como matéria-prima, como “sorvetes, picolés
e produtos gelados comestíveis” e “iogurte”, tiveram destaque como
variações positivas de preços. No caso de “sorvetes, picolés e produtos
gelados comestíveis”, a entrada do verão, período de maior consumo, explica
em parte esse aumento. Há uma informação generalizada entre as empresas
produtoras de “iogurtes” de uma maior demanda pelo produto. Entre os
produtos de maior influência, ao lado do “leite esterilizado / UHT / Longa
Vida”, aparece, com sinal igualmente negativo, “açúcar refinado de cana”
e, com sinal positivo, “carnes de bovinos frescas ou resfriadas” e
“açúcar cristal”. Os quatro produtos tiveram influência conjunta de -0,03
p.p., em -0,19%, ou seja, -0,16 p.p. é a influência conjunto dos outros 39
produtos.

Em relação ao resultado anual dos alimentos (-7,29%), as contribuições
negativas destacadas devem-se aos produtos “açúcar cristal”, “óleo de
soja refinado” e “arroz descascado branqueado, parboilizado ou não” e a
positiva se deve a “sucos concentrados de laranja”. Boas safras da
cana-de-açúcar, da soja e do arroz estão na base das variações negativas
observadas.

Em alguns casos, a produção maior se deu não só no Brasil, mas em
outros países produtores (como é o caso da soja, com volume expressivos na
Argentina e nos Estados Unidos). O mesmo acontece com o açúcar cristal, ainda
que nos demais países a fonte de sua produção não seja a cana-de-açúcar.

No caso de “sucos concentrados de laranja”, a depreciação do real nos
últimos meses (5,0% no último trimestre, apesar de, na comparação dezembro
2017/dezembro de 2016, o real ainda acumular uma apreciação de aproximadamente
2,0%)está na base do aumento de preços no ano.

Refino de petróleo e produtos de álcool: a variação média dos preços
do setor, em dezembro, foi de 0,82%, depois de ter sido de 5,89% em novembro.
Esta taxa de dezembro é a menor positiva observada num ano em que sete taxas
foram positivas e cinco, negativas. Com o resultado de dezembro, a taxa
acumulada no ano atingiu o maior patamar da série, 18,69%. Até então o pico
da taxa de fechamento do ano estava em dezembro de 2013, 7,03%.

As quatro maiores influências (“álcool etílico (anidro ou
hidratado)”, “GLP”, “naftas” e “óleo diesel e outros óleos
combustíveis”)somaram 0,45 p.p. (em 0,82%), sendo que apenas uma foi
negativa, justamente a devida à variação de preços de “óleo diesel e
outros óleos combustíveis”, por sinal, o produto de maior peso no cálculo
setorial (mais de 50%). Na visão de mais longo prazo, observa-se que os
produtos derivados de petróleo são os de maior influência, todos com
variações positivas.

Outros produtos químicos: os preços do setor variaram, em média, 0,53%,
oitava variação positiva de preços da atividade no ano e quarta seguida,
fazendo com que o patamar de preços no ano ficasse em 9,19%. Mesmo com esta
elevação, o nível ainda se encontra abaixo daquele alcançado em 2015.

Estes resultados também devem ser vistos à luz de uma pressão de alta
internacional nos preços dos produtos químicos e de seus insumos. Produtos
como o “amoníaco”, utilizado como principal insumo para a obtenção dos
fertilizantes nitrogenados, têm apresentado elevação de preços nos últimos
meses (inclusive é um dos destaques de variação positiva ao longo do ano), o
que explica em parte os resultados para o produto “adubos ou fertilizantes a
base de NPK”, maior influência na análise de longo prazo.

Entre os destaques, em termos de influência, em dezembro frente a
novembro, aparecem dois produtos com resultados positivos e dois com resultados
negativos. No campo dos resultados positivos sobressaem “etileno não
saturado” e “herbicidas para uso na agricultura” e, na região das
variações negativas de preços, “borracha de estireno-butadieno” e
“sulfato de amônio ou ureia”. Esses quatro produtos tiveram uma influência
de 0,46 p.p. nos 0,53% de variação no mês.

No acumulado no ano, dos quatro produtos que mais influenciaram os
resultados (todos com valores positivos), três são os de maior peso na
atividade: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, em torno de 20%,
“etileno não saturado”, com 15% e “polipropileno” com cerca de 9%.
Metalurgia: ao comparar os preços de dezembro contra novembro, houve uma
variação de 0,74%, nono resultado positivo no ano, o que resultou em uma alta
de 13,41% em 2017. Para as variações de mais longo prazo, os resultados
representaram a segunda maior variação da indústria geral (indústrias
extrativas e de transformação).

Em relação aos produtos que mais influenciaram os resultados no mês
contra mês anterior, todos apresentaram resultados positivos; são eles:
“barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre”, “bobinas ou
chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras”, “folhas-de-flandres” e
“lingotes, blocos, tarugos, ou placas de aços ao carbono”. Estes quatro
produtos representaram 0,67 p.p. da variação no mês, ou seja, 0,07 p.p. é a
influência dos demais 18 produtos.

Considerando as principais influências na análise de acumulado no ano,
todos os resultados foram positivos, e os produtos em destaque são também os
de maior peso na atividade.

O comportamento do setor é influenciado pela combinação dos resultados
dos grupos siderúrgicos (ligado aos produtos de aço) e do grupo de materiais
não ferrosos (cobre e alumínio), os quais, por sua vez, apesar de apresentarem
comportamentos diferentes, alcançaram os resultados mais positivos da série
neste dezembro. O primeiro grupo, ligado ao setor siderúrgico, é afetado pelo
excedente de capacidade de aço no mundo (apesar dos cortes de produção na
China, mas com aumento de preços), e pela flutuação dos valores do minério
de ferro, produto este que tem conseguido uma recuperação de preços no
segundo semestre do ano. Em relação ao segundo grupo – materiais não
ferrosos – os preços costumam apresentar seus resultados ligados às
cotações das bolsas internacionais. Com informações da assessoria de
imprensa do IBGE.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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