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ECONOMIA: Indice de Preços ao Produtor sobe 2,28% em junho – IBGE

1 de agosto de 2018
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Porto Alegre, 1 de agosto de 2018 – Em junho de 2018, os preços das
indústrias extrativas e de transformação variaram 2,28% em relação a mês
anterior, resultado inferior ao de maio frente a abril (2,55%), segundo
informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O
acumulado no ano chegou a 8,62% e o dos 12 meses, a 13,45%. Em junho de 2017, a
variação do IPP havia sido -0,20%. Das 24 atividades, 19 tiveram alta de
preços, contra 23 no mês anterior.

O Indice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de
Transformação mede a evolução dos preços dos produtos “na porta da
fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes
categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo
(duráveis e semiduráveis e não duráveis).

Em relação a maio de 2018, as quatro maiores variações foram em
indústrias extrativas (5,72%), outros produtos químicos (4,47%), alimentos
(3,39%) e refino de petróleo e produtos de álcool (2,85%).
Em termos de influência, na comparação com maio, os destaques de junho foram:
alimentos (0,64 p.p.), outros produtos químicos (0,45 p.p.), refino de
petróleo e produtos de álcool (0,35 p.p.) e indústrias extrativas (0,24
p.p.).

Em junho de 2018, o acumulado no ano (junho de 2018 contra dezembro de
2017) atingiu 8,62%, contra 6,20% em maio de 2018. Entre as atividades que
tiveram as maiores variações percentuais neste indicador sobressaíram:
indústrias extrativas (20,69%), refino de petróleo e produtos de álcool
(15,91%), outros produtos químicos (14,83%) e metalurgia (11,52%). Os setores
de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (1,82
p.p.), alimentos (1,71 p.p.), outros produtos químicos (1,43 p.p.) e metalurgia
(0,92 p.p.).

Na comparação com junho de 2017, a variação de preços em junho de 2018
foi de 13,45%, contra 10,70% em maio de 2018. As quatro maiores variações de
preços ocorreram em indústrias extrativas (59,02%), refino de petróleo e
produtos de álcool (40,13%), outros produtos químicos (21,24%) e metalurgia
(17,93%). Os setores de maior influência nessa comparação foram: refino de
petróleo e produtos de álcool (3,97 p.p.), outros produtos químicos (2,02
p.p.), indústrias extrativas (1,83 p.p.) e metalurgia (1,42 p.p.).

Em junho de 2018, a variação de preços de 2,28% frente a maio repercutiu
entre as grandes categorias econômicas da seguinte maneira: 0,96% em bens de
capital; 2,88% em bens intermediários; e 1,56% em bens de consumo, sendo que
0,36% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 1,93% em bens de
consumo semiduráveis e não duráveis.

A influência das grandes categorias econômicas no resultado da indústria
geral (2,28%) foi a seguinte: 0,08 p.p. de bens de capital, 1,68 p.p. de bens
intermediários e 0,51 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,49
p.p. deveu-se às variações de preços dos bens de consumo semiduráveis e
não duráveis e 0,03 p.p. nos bens de consumo duráveis.

Em junho, o acumulado no ano foi de 8,62%, sendo 5,79% a variação de
bensde capital (com influência de 0,49 p.p.), 12,35% de bens intermediários
(7,03 p.p.) e 3,16% de bens de consumo (1,09 p.p.). Este último resultado foi
influenciado em 0,20 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 0,89
p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

O acumulado em 12 meses alcançou 13,45%, com as seguintes variações:
bens de capital, 8,00% (0,70 p.p.); bens intermediários, 19,72% (11,01 p.p.); e
bens de consumo, 4,92% (1,74 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo
duráveis foi de 0,32 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis
de 1,43 p.p.

Seis setores são destaques em junho

Indústrias extrativas: em junho, os preços das indústrias extrativas
variaram 5,72%, em relação ao mês anterior. Com isso, são sete meses
seguidos de alta dos preços do setor, desde dezembro de 2017.
O setor acumulou no ano alta de 20,69%. Em relação a junho de 2017, houve alta
de 59,02% nos preços das atividades extrativas. Ambos os indicadores tiveram
suas maiores variações. Destacam-se a influência dos preços do setor sobre o
indicador mensal (0,24 p.p. em 2,28%) e sobre a variação em relação a junho
de 2017 da indústria geral (1,83 p.p. em 13,45%).
Alimentos: os preços do setor variaram, em média, 3,39% em junho, quinta
variação positiva consecutiva. Os resultados de maio (3,22%) e junho são as
maiores desde junho de 2016 (2,73%). Das 25 taxas observadas entre junho de 2016
e junho de 2018, 14 foram positivas e 11, negativas. A variação acumulada
até junho foi de 8,97%, superando a do fechamento de 2016, 8,79%. Por fim, na
comparação junho de 2018/junho de 2017, a variação foi de 5,87%, segundo
resultado positivo consecutivo depois de 11 negativos.

Em termos de destaque, há uma concentração, tanto em termos de
variação quanto de influências, de produtos ligados a “Abate e fabricação
de produtos de carne” e a “Laticínios”, sendo que os quatro produtos de
maior influência (“leite esterilizado / UHT / Longa Vida”, “farinha de
trigo”, “carnes e miudezas de aves congeladas” e “carnes e miudezas de aves,
frescas ou refrigeradas”) responderam por 1,97 p.p. da taxa de 3,39%.

Refino de petróleo e produtos de álcool: em junho, os preços do setor
variaram em média 2,85%, quarto aumento consecutivo, ainda que este seja menor
do que os dois anteriores, 4,31%, em abril e 7,36% em maio. Com o resultado de
junho, o setor acumulou uma variação de 15,91%, a maior alcançada para este
mês na série histórica, iniciada em janeiro de 2010. Por fim, na comparação
com igual mês do ano anterior, a variação é a maior da série, 40,13%.

As quatro principais influências no resultado responderam por 2,45 p.p. em
2,85%, encabeçadas pelo aumento de “naftas” e, em seguida, os de
“querosenes de aviação”, “álcool etílico (anidro ou hidratado)” e
“gasolina automotiva”, todas positivas.

Outros produtos químicos: a indústria química, em junho, teve variação
de 4,47%, maior taxa desde março de 2015, completando dez meses seguidos de
elevação de preços (25,66% neste período). Com isso, houve uma variação
positiva de 14,83% no acumulado do ano (a maior ocorrida na série com início
em junho de 2010) e 21,24% nos 12 últimos meses, maior variação na série
histórica alcançada para esta atividade, situação bem diversa da que ocorreu
em junho de 2017, quando o acumulado em 12 meses alcançou -1,89%.

Os resultados observados no mês estão muito ligados aos custos da
matéria-prima importada, aos preços dos derivados de petróleo, especialmente
da nafta (maior destaque em termos de influência nos resultados da atividade de
refino de petróleo), à apreciação do Dólar em relação ao Real, que
alcançou no mês 3,8% e 14,6% no acumulado do ano.
Metalurgia: houve variação de 2,85% em relação ao mês anterior, nona taxa
positiva nos 10 últimos meses (em janeiro de 2018 o índice foi de -0,06%).

A atividade acumulou 11,52% no ano e 17,93% nos últimos 12 meses, maiores
resultados da série histórica. Entre dezembro de 2013 (base da série) e junho
de 2018, os preços do setor acumulara variação de 45,49%.
Entre os quatro produtos que tiveram as maiores variações de preços,
considerando mês contra mês anterior, acumulado no ano e acumulado nos
últimos 12 meses, todos os resultados foram positivos. Interessante reparar que
três dos quatro produtos que mais influenciaram o resultado no mês
(variação x contribuição) aparecem também com as maiores variações; são
eles: “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras”, “chapas e
tiras de alumínio de forma quadrada ou retangular” e “lingotes, blocos,
tarugos ou placas de aços ao carbono”. O quarto produto com maior influência
nos resultados é “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre”.
Estes quatro representaram 2,30 p.p. da variação no mês, ou seja, a
influência dos demais 18 produtos é de apenas 0,55 p.p..

Veículos automotores: em junho, a variação observada no setor foi de
0,27%, quando comparada com o mês imediatamente anterior. Com este resultado, a
variação acumulada no ano alcançou 3,15%. A título de comparação, em
junho de 2017 o acumulado era de 2,90%. Nos últimos 12 meses, o setor acumulou
uma variação de 4,81%.

Vale ressaltar que a variação mensal representou o 10 resultado
positivo consecutivo e o 22 nos últimos 23 meses (apenas agosto de 2017
apresentou variação negativa, na faixa de -0,08%). Nesse período – entre
agosto de 2016 e junho de 2018 – houve uma variação acumulada de 10,87%.
A atividade de veículos automotores se destacou por apresentar o terceiro maior
peso no cálculo do indicador geral, com uma contribuição de 10,72% – atrás
apenas dos setores de alimentos (19,98%) e refino de petróleo e produtos de
álcool (12,76%). Com informações do IBGE.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Pamplona* base suíno leitão

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