Porto Alegre, 21 de novembro de 2019 – A Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para baixo sua projeção de
crescimento global para os próximos anos. Segundo relatório do órgão, a
economia mundial encontra-se instável, sendo afetada principalmente por
conflitos comerciais, baixo investimento em negócios e incertezas políticas
persistentes.
De acordo com a OCDE, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial deve crescer
2,9% este ano, seu índice mais baixo desde a última crise global. O valor é
0,4 pontos percentuais (pp) menor que a previsão anterior, feita em maio de
2019, que indicava uma alta de 3,3%.
Para 2020, a organização também revisou para baixo sua previsão,
passando de 3,4% para 3,0%. Já para 2021, previsão feita apenas no último
relatório, a perspectiva é de crescimento de 3,0%.
Segundo o órgão, os governos devem agir para prevenir “uma estagnação
prolongada” na economia internacional. Para a OCDE, é necessário aplicar
mudanças estruturais que levem ao uso de energia renovável, ao equilíbrio no
sistema tarifário e à normalização das políticas comerciais.
“Seria um erro considerar essas mudanças como fatores temporários que
podem ser tratados com a política monetária ou fiscal: eles são
estruturais”, afirma a economista chefe da OCDE, Laurence Boone. “Sem
coordenação para o comércio e tributação global, orientações políticas
claras para a transição energética, a incerteza continuará aparecendo e
prejudicando as perspectivas de crescimento”, concluiu ela.
Para o órgão, a desaceleração deve afetar principalmente a China, o que
prejudicará como um todo a economia mundial. De acordo com a OCDE, o PIB
chinês deve entrar em queda, passado de 6,2% em 2019 para 5,7% em 2020 e 5,5%
em 2021. Em 2018, o crescimento do país era de 6,6%.
O relatório indica que o movimento chinês se deve a uma transição
econômica pelo qual o país passa no momento, indo de uma economia fortemente
baseada em exportação e manufatura para uma com peso sobre o consumo pessoal e
a alta de serviços.
A OCDE também destaca que o cenário comercial pode se agravar caso a
situação entre União Europeia e Reino Unido não se resolva. “Qualquer
aumento nos conflitos irão interromper as redes de fornecimento, pesando sobre
a confiança do investidor, o mercado de trabalho e a renda pessoal”, diz o
documento. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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