GRÃOS: CNA promove amanhã “Dia do Mercado” em Luis Eduardo Magalhães

Porto Alegre 7 de outubro de 2015 – O cenário do mercado de grãos sempre
é favorável devido ao potencial crescente da demanda. No entanto, os
produtores precisam ter a visão concreta de que trabalhamos com commodities,
volatilidade e ciclos. Essa é a opinião do consultor da empresa de consultoria
em agronegócios Safras & Mercado, Paulo Molinari. Ele será um dos
palestrantes do evento promovido pela Confederação de Agricultura e Pecuária
do Brasil (CNA), Dia de Mercado de Grãos, que ocorre nesta quinta-feira
(08/10), em Luis Eduardo Magalhães, na Bahia.

Em sua palestra, o consultor vai falar sobre o cenário do mercado de
grãos. Segundo Molinari, o momento da economia mundial e nacional, aliado à
volatilidade normal dos mercados de commodities, exige um acompanhamento mais
pormenorizado das informações de mercado. “A atualização continuada das
informações e dados de mercado são necessárias para a administração dos
negócios com soja e milho em qualquer região do país”, observa. O consultor
acrescenta que são precisos novos indicadores para um novo ciclo de altas, como
uma demanda acima do projetado ou algum fator climático sobre as safras
mundiais.

Molinari prevê uma expectativa para 2016 melhor do que a de 2015. “Em
2014 estávamos com foco de baixa para 2015, o que se confirmou. Agora, estamos
com foco de estabilidade para o próximo ano, devendo surgir indicadores que
gerem oportunidades”, afirmou. Segundo o consultor, uma delas é a competição
entre as áreas plantadas de milho e soja, nos Estados Unidos. Isto favorecerá
uma das duas culturas, no próximo ano, em termos de preços.

Por outro lado, comenta Molinari, o câmbio, neste momento de alta, oferece
a oportunidade de negócios rentáveis para a safra 2016. “Negócios com soja
para a exportação e milho para exportação 2016 ocorrem acima dos custos de
produção e este movimento deve ser aproveitado. Não há necessidade de
aguardar o próximo ano para comercializar uma parte da safra, a qual já
garante a rentabilidade sobre os custos. Por enquanto, o câmbio nos oferece uma
situação favorável para 2016 e rentável o que nos possibilita não depender
tanto do quadro internacional”, finaliza.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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