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MILHO: Agronegócio catarinense busca alternativas para abastecimento

6 de agosto de 2021
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Porto Alegre, 6 de agosto de 2021 – Grande importador de milho, Santa
Catarina discute rotas alternativas para manter o abastecimento e reduzir a
dependência externa. A intenção é continuar incentivando o plantio de
cereais de inverno e o cultivo de milho grão para serem utilizados na ração
animal. Essa foi a pauta do encontro do secretário de Estado da Agricultura, da
Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, com o presidente do Conselho
Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e ex-ministro
da Agricultura, Francisco Turra, e lideranças do setor produtivo catarinense
nesta quinta-feira, 5.

“Para Santa Catarina, o milho é o grão de ouro. O nosso setor produtivo
de carnes e leite não para de crescer e sabemos que nossa demanda será cada
vez maior. Por isso, nós tomamos a frente e lançamos um projeto que incentiva
a produção de cereais de inverno para a ração. Em seu primeiro ano, ainda de
forma experimental, já temos resultados animadores. Descobrimos que há uma
grande demanda dos produtores e uma oportunidade para avançarmos na produção
e na pesquisa, podemos ser protagonistas nesse processo. Se nós ocuparmos as
áreas vazias no inverno, tanto em Santa Catarina quanto no Rio Grande do Sul,
podemos aumentar muito a competitividade do nosso agronegócio”, destaca o
secretário Altair Silva.

Rio Grande do Sul e Santa Catarina, juntos, possuem 8 milhões de hectares
plantados no verão e apenas 1 milhão de hectares são ocupados no inverno.
“Os reflexos da falta de milho nesses estados podem ser observados pela queda
da produção de carne de frango nos últimos anos. Nós iniciamos uma forte
campanha para incentivar o cultivo de cereais de inverno no Rio Grande do Sul,
mas em Santa Catarina, com o envolvimento do Governo do Estado, a iniciativa deu
ainda mais certo. Queremos unir esforços para avançarmos ainda mais”,
explica o ex-ministro Francisco Turra.

A importância do milho para SC

O agro catarinense consome mais de sete milhões de toneladas de milho por
ano e grande parte desse volume é importado de outros estados ou países. Na
safra 2020/2021, as lavouras do estado sofreram com a estiagem prolongada, além
dos ataques da cigarrinha-do-milho, e a produção acabou com uma queda de 27%.
As estimativas do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola
(Epagri/Cepa) apontam para uma colheita de 1,8 milhão de toneladas, sendo
necessário importar cerca de 5,5 milhões de toneladas do grão este ano.

Para reduzir a dependência de milho e os custos de produção da cadeia
produtiva de carnes e leite, a Secretaria da Agricultura lançou o Projeto de
Incentivo ao Plantio de Cereais de Inverno. Com investimento de R$ 5 milhões,
os produtores receberam apoio para cultivar trigo, triticale, centeio, aveia e
cevada – que devem ser utilizados para fabricação de ração. No primeiro ano
de ação já foi percebido um aumento de 70% na produção de trigo e safra
deve chegar a 290 mil toneladas – um recorde histórico para Santa Catarina.

Potencial para cultivo de cereais de inverno

Os catarinenses cultivam em média 340 mil hectares de milho e 890 mil
hectares de soja e o potencial para produção de cereais de inverno chega a 800
mil hectares. A presidente da Epagri, Edilene Steinwandter, ressalta que o
Estado deu início a algumas ações, em parceria com as cooperativas e a
iniciativa privada, e já colhe os resultados. “Com essa junção de esforços
teremos um aumento de 30 mil hectares no cultivo de trigo, um acréscimo
significativo. Nós sabemos que temos muito a avançar mas já começamos a dar
os primeiros passos”.

A Epagri também potencializou as pesquisas para entender qual a melhor
época de plantio e qual o cultivar se adapta melhor a cada região do estado.
As informações partem da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da
Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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