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MILHO: Emater-MG alerta que chuvas irregulares podem afetar segunda safra

5 de maio de 2021
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Porto Alegre, 5 de maio de 2021 – Em 2021, o milho vem chamando a atenção
do mercado e também dos produtores. Em abril, as exportações brasileiras do
grão registraram uma alta de 1854%, com o envio de 130 mil toneladas ao
exterior, segundo dados preliminares divulgados pelo Ministério da Economia, no
dia 3 de maio. Em igual período de 2020, os embarques somaram apenas 6,6 mil
toneladas. Com um ritmo forte de vendas, as cotações também seguem em alta,
mas existe uma preocupação quanto a produtividade da segunda safra, a
safrinha, que pode cair devido às condições climáticas desfavoráveis e o
atraso do plantio.

Recentemente, os preços da saca do milho atingiram o valor máximo em oito
anos na Bolsa de Chicago e, no Brasil, têm flertado na casa dos R$ 100,00. De
23 a 30 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 1,07%, fechando a R$ 99,76
a saca de 60 kg, no dia 30 de abril. Para o coordenador estadual de Culturas da
Emater-MG, Sérgio Brás Regina, o que vem provocando a alta do milho no Brasil
são as preocupações com a oferta do produto. “A demanda é grande e o
cenário de oferta é incerto, devido aos problemas climáticos e também ao
crescimento das exportações do produto, estimuladas pela desvalorização do
real frente ao dólar”, explica Sérgio Regina.

Os pesquisadores do Cepea têm a mesma opinião e dizem que a combinação
de oferta restrita e demanda aquecida vem elevando as cotações do milho desde
meados de fevereiro. O atraso na semeadura e a irregularidade das chuvas em
muitas regiões produtoras aumentaram as incertezas quanto à produtividade das
lavouras da segunda safra, o que vem reforçando o aumento nos preços, que
operam em patamares recordes reais em muitas praças brasileiras.

“As condições climáticas não estão adequadas para a cultura do
milho. Algumas consultorias estimam que a safra brasileira será em torno de
100,4 milhões de toneladas, uma queda significativa já que as projeções
anteriores eram de mais 112 milhões de toneladas. Principalmente, a seca
derrubou a produtividade das lavouras de milho em vários estados produtores da
segunda safra”, comenta Sérgio Regina.

Essa situação é verificada no Noroeste de Minas, uma das maiores
regiões produtoras de milho do Estado. O coordenador regional da Emater-MG em
Unaí, Álvaro Goulart, diz que as chuvas têm sido irregulares, mas não houve
perdas significativas nas lavouras. No entanto, deve ocorrer uma redução de
produtividade. “A gente esperava uma produtividade média de 90 sacas por
hectare, mas agora a expectativa é de 60 sacas por hectare. Sem a chuva para
granar o milho, a redução da produtividade deve ser entre 20 a 30% na segunda
safra do grão”, diz o coordenador da Emater-MG

Ele lembra ainda que a produção de milho safrinha vem crescendo ano a ano
na região, chegando a superar a safra normal como ocorreu em 2019 quando área
da primeira safra foi de 78 mil hectares plantados e a segunda de 79 mil
hectares. Mas em 2021, apesar dos bons preços do grão, muitos produtores
locais ficaram receosos em investir na safrinha, devido ao calendário de
plantio e colheita da soja postergado pela demora das chuvas no início da
safra, em 2020. “O atraso das chuvas comprometeu a janela ideal para o plantio
da segunda safra. Assim a safra normal de milho cresceu bastante, chegando a
110 mil hectares plantados na região (em 2020 foram 75 mil ha), mas na safrinha
ficou em 75 mil hectares cultivados, apesar dos ótimos preços”, argumenta
Álvaro Goulart.

Subida dos custos de produção

Além das incertezas quanto às condições climáticas devido ao atraso da
época do plantio, a alta dos custos de produção também desestimulou muitos
produtores a investir na segunda safra. “Os custos de produção têm subido
assustadoramente. A maioria dos insumos é dolarizada e o dólar se mantém num
patamar alto. E também sempre há alguma especulação de fabricantes e
vendedores, que veem um momento para ganhar dinheiro, já que os preços do
milho estão beirando os R$100 a saca”, diz Sérgio Regina.

Além da forte elevação dos insumos agrícolas, outra preocupação do
coordenador estadual da Emater-MG é com o efeito inflacionário da subida dos
grãos no setor agropecuário. “Quando o milho e a soja sobem, eles carregam
junto uma série de outros produtos, principalmente da cadeia de proteína
animal. Uma boa parte da composição das rações animais é composta por essas
duas commodities. Então, será inevitável um impacto na produção de carnes,
suínos, aves e ovos, leite, enfim, tudo será afetado”, afirma o coordenador
de Culturas. As informações partem da assessoria de comunicação da
Emater-MG.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

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Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

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Estrela Alimentos - base leitão

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Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

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