Porto Alegre, 24 de novembro de 2015 – Após relatos de alguns produtores
rurais de Maracaju e Naviraí, a Fundação MS inseriu em suas pesquisas
referentes à safrinha de 2015 a avaliação de grãos ardidos, que são os que
apresentam algum tipo de dano e que podem prejudicar a produtividade do milho.
Os resultados são repassados durante o circuito de palestras, realizado pela
Fundação MS. Até o momento, seis municípios já receberam as
apresentações, que serão feitas, ainda, em Maracaju, Sidrolândia e Bonito
nesta semana.
Conforme o pesquisador de fitotecnia milho da Fundação MS, André
Lourenção, o objetivo do estudo é mostrar se há diferenças entre híbridos
quanto aos grãos danificados e se algumas características influenciam na
formação dos mesmos. “Avaliamos unidades em Maracaju, Rio Brilhante, Amambai
e Naviraí, e identificamos que as características de empalhamento e
decumbência não influenciaram a formação de grãos avariados” ressalta.
Os patógenos que causam grãos ardidos podem produzir toxinas que são
prejudiciais a saúde animal e humana, por isso, existe preocupação em
relação ao problema, e também pelas perdas que causam. Entre os principais
patógenos fúngicos que podem causar grãos ardidos de milho estão:
Stenocarpella maydis (Diplodia maydis), Stenocarpella macrospora, Gibberella
zeae, além de algumas espécies de Fusarium. Em Mato Grosso do Sul, foi
observada baixa incidência de grãos ardidos, e não afetou de forma ampla a
produção.
A adubação no milho safrinha também é um dos alvos das pesquisas.
Conforme o pesquisador Douglas Gitti, a prática do plantio antecipado da soja
acabou por antecipar o plantio do milho também, adiantando a semeadura para o
final de janeiro, com raros casos se estendendo além do mês de fevereiro. Em
sua apresentação, Gitti explica qual a melhor forma para adubar o sistema
soja/milho, além de considerações sobre a aplicação correta de nitrogênio
e outros nutrientes.
“Essa antecipação faz com que a cultura do milho desfrute de
condições menos limitantes do ponto de vista climático, reduzindo os riscos e
abrindo a possibilidade de maiores investimentos, pois há mais probabilidades
de resposta a níveis mais elevados de adubação”, explica.
Por fim, o manejo de pragas e doenças na cultura do milho também ganha
destaque entre os estudos. O pesquisador de fitossanidade da Fundação MS,
José Fernando Grigolli, cita duas doenças de relevância para a cultura em
questão: ferrugem polisora e a helminstoporiose. No primeiro caso, foi
observado que a aplicação do fungicida deve ser feita assim que a doença for
identificada, para que seja melhor controlada. Já no segundo caso, a época de
aplicação apresenta pouco efeito, então é importante realiza-la em função
do regime de chuvas e da ocorrência de ferrugem na área.
Outra preocupação, observada na última safrinha de milho, é a presença
dos percevejos. Por isso, a orientação é redobrar os cuidados em relação a
área cultivada. “Quando é preciso tomar uma decisão sobre qual inseticida
usar, é necessário o tipo e também o número de pragas na área, para
conseguirmos posicionar uma variedade maior de inseticidas”, avalia. “Fazer
o monitoramento, tomar decisão com base no índice populacional da praga é
essencial para termos tanto uma longevidade da molécula quanto maior
eficiência de aplicação, isso pode ajudar muito no manejo da cultura”.
As apresentações de resultados de pesquisa da Fundação MS são
realizadas sempre às 19h. Outras por meio do site www.fundacaoms.org.br ou pelo
telefone (67) 3454-2631. Confira abaixo as datas e locais:
Maracaju: 24/11
Local: Câmara Municipal
Rua São Francisco, 201, Vila do Prata
Sidrolândia: 25/11
Local: Sindicato Rural
Rua Pernambuco, 360, Centro
Bonito: 26/11
Local: Sindicato Rural
Rodovia do Turismo – km1
As informações partem da assessoria de imprensa da Fundação MS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Dados referentes a semana 18/07/2025
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Atualizado em: 17/07/2025 09:10