PETRÓLEO: Futuros operam em alta apesar de preocupações com demanda

Porto Alegre, 22 de julho de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo estão em
alta, revertendo as baixas de mais cedo, apesar de uma perspectiva de demanda global enfraquecida e
da retomada de parte da produção de petróleo bruto da Líbia.

A economia global parece cada vez mais próxima de uma recessão, com os bancos centrais
apertando a política monetária de forma agressiva em uma tentativa de reduzir a inflação.

As coisas ainda estão negativas na frente econômica, mas ainda estamos em um déficit
estrutural para petróleo imediato”, afirmam analistas da SPI Asset Management.

Os investidores têm em mente a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano) da semana que vem sobre as taxas de juros. Autoridades indicaram que o banco
central provavelmente aumentaria as taxas em 0,75 ponto percentual (pp) em sua reunião de 26 a 27
de julho.

Enquanto os sinais de abrandamento da demanda dos Estados Unidos pesaram sobre os preços do
petróleo e fizeram os contratos de referência caírem cerca de 3% na sessão anterior, a oferta
global apertada continuou a manter o mercado aquecido.

No entanto, os temores de oferta diminuíram um pouco depois que a Líbia retomou a produção
em vários campos de petróleo no início desta semana.

Sinais de forte demanda na Ásia impulsionaram o Brent, colocando-o no caminho para seu primeiro
ganho semanal em seis semanas.

A demanda na India por gasolina e combustíveis destilados subiu para recordes em junho, apesar
dos preços mais altos, com o consumo total de produtos refinados chegando a 18% a mais do que há
um ano e as refinarias indianas operando perto dos níveis mais movimentados de todos os tempos,
disseram analistas do RBC.

Por volta de 13h41 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para setembro subia 0,99%, cotado a US$ 96,35 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para setembro avançava 1,31%, cotado a US$ 103,86
o barril. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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