PETRÓLEO: Futuros seguem em alta após relatório misto de estoques nos EUA

Porto Alegre, 10 de março de 2021 – Os preços dos contratos de petróleo
seguem operando em alta, depois de um relatório misto sobre os estoques da
commodity nos Estados Unidos.

De acordo com o Departamento de Energia norte-americano, as reservas de
petróleo do país subiram em 13,8 milhões na semana encerrada em 5 de março.
A projeção era de aumento bem menor, de 700 mil barris, para o período. Na
contramão, os estoques de gasolina e demais derivados baixaram bem mais do que
o estimado.

Minutos antes da divulgação dos dados, as cotações já haviam
desacelerado do avanço de 1% do início da manhã, mas seguiam em alta,
embaladas por perspectivas de recuperação econômica mais acelerada nos
Estados Unidos e em outras partes do mundo.

Na sessão, os futuros chegaram a registrar uma queda brusca momentânea
depois que o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse que a
produção de petróleo de seu país deve se recuperar em abril em 890 mil
barris por dia (bpd), ou 45%, em comparação com o início do acordo da Opep e
de seus aliados para limitar a oferta.

Conforme acordado em janeiro, os países da Opep+ retiraram 7,125 milhões
de barris por dia (bpd) do mercado em fevereiro e 7,05 milhões de bpd em
março, sendo a Rússia e o Cazaquistão os únicos países que podem aumentar a
produção. Para compensar esse aumento, a Arábia Saudita fez um corte
voluntário extra de 1,0 milhão de bpd em fevereiro e março.

Na semana passada, reunidos novamente para definir os níveis de oferta, os
países da Opep+ decidiram manter os limites inalterados, liberando Rússia e
Cazaquistão para um incremento de 130 mil bpd e 20 mil bpd, respectivamente, no
próximo mês, enquanto os sauditas seguirão com o corte adicional de 1,0
milhão de bpd.

Por volta de 12h45 (de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI
negociado na Nymex com entrega para abril subia 0,45%, cotado a US$ 64,31 o
barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com
entrega para maio avançava 0,50%, cotado a US$ 67,47 o barril. As informações
são da Agência CMA.

Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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