Porto Alegre, 5 de novembro de 2018 – O governo norte-americano
reintroduziu oficialmente sanções aos setores petrolífero, bancário e de
exportações do Irã dentro de uma campanha de pressão máxima contra Teerã,
que começou em maio com a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear fechado
em 2015 com outras potências mundiais.
As sanções, classificadas pelo secretário do Tesouro norte-americano,
Steven Mnuchin, como sem precedentes, miram 50 bancos iranianos, 200 indivíduos
e embarcações de carga ligadas ao setor de navegação e energia do Irã e
mais de 65 aeronaves iranianas. A medida eleva o número total de alvos de
sanções relacionados ao Irã para 900, o maior de todos os tempos, segundo o
governo.
“A imposição de uma pressão financeira sem precedentes ao Irã deve
deixar claro para o regime iraniano que enfrentará crescente isolamento
financeiro e estagnação econômica até que mudem fundamentalmente seu
comportamento desestabilizador”, disse Mnuchin.
O secretário do Tesouro acrescentou que a pressão aumentará a menos que
os líderes do Irã interrompam seu apoio ao terrorismo e abandonem suas
ambições nucleares imediatamente. O Irã disse que resistirá às sanções e
desafiou os esforços de Washington a mudar seu comportamento.
Para ajudar na transição da dependência de um dos maiores mercados de
petróleo do mundo, o Departamento de Estado norte-americano concedeu isenções
temporárias para oito países continuarem importando petróleo iraniano, dando
tempo para encontrar novos fornecedores. Os países isentos são: China, India,
Coreia do Sul, Itália, Grécia, Japão, Turquia e Taiwan.
Apesar dessa facilitação, Mnuchin deixou claro que aqueles que ignorarem
as sanções norte-americanas ao Irã ou ajudarem Teerã a burlar as
restrições serão punidos. O secretário destacou, no entanto, que ajudas
humanitárias não fazem parte das medidas anunciadas hoje. “Ajudas
humanitárias estão liberadas, mas acompanharemos com muito cuidado se as
transações são ajudas humanitárias de fato ou um disfarce para burlar
sanções”, afirmou.
O chefe do Departamento de Estado norte-americano, Mike Pompeo, que também
participou da entrevista coletiva sobre a reintrodução das sanções ao Irã,
afirmou que antes mesmo das medidas serem oficializadas, muitas empresas –
especialmente na Europa – já haviam suspendido negócios com o Irã.
“As empresas europeias já sinalizaram a intenção de não negociar mais
com o Irã até que o regime mude seu comportamento agressivo e
desestabilizador. Esperamos que esse compromisso seja mantido pelos europeus e
por outros governos no mundo”, disse Pompeo. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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