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SOJA: Ferrugem asiática é debatida pela Câmara da SEAPDR

23 de junho de 2021
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Porto Alegre, 23 de junho de 2021 – A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva
da Soja da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR)
realizou reunião online nesta terça-feira (22).

Foi debatida a Portaria n 306/2021, que Institui o Programa Nacional de
Controle da Ferrugem Asiática da Soja – Phakopsora pachyrhizi (PNCFS) no
âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O objetivo do
Programa é fortalecer o sistema de produção agrícola da soja, congregando
ações estratégicas de defesa sanitária vegetal, com suporte da pesquisa
agrícola e da assistência técnica na prevenção e controle da praga.

Segundo o coordenador da Câmara Setorial, Nereo Starlick, que é
agricultor, empresário cerealista e produtor de sementes de soja e trigo em
Tapera (RS), a ferrugem asiática é considerada a principal doença do cultivo
da soja no Brasil, principalmente pela sua agressividade, favorecida pelo clima
nas diversas regiões onde a oleaginosa é cultivada, e por conseguir se
propagar facilmente pelo vento.

Starlick explicou que, considerando a gravidade da doença, diversos
estados adotaram o vazio sanitário, período sem plantas de soja no campo, como
uma estratégia para reduzir a quantidade de inóculo na entressafra,
retardando o aparecimento da doença durante a safra de verão. A doença é
causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, sendo, hoje, uma das doenças que mais
têm preocupado os produtores de soja. O seu principal dano é a desfolha
precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com consequente redução
da produtividade.

“Acredito que esta portaria, que irá definir o vazio sanitário e o
calendário de semeadura, venha para diminuir a incidência da ferrugem
asiática da soja no Brasil, com a redução de plantas hospedeiras. Porém,
precisamos lembrar que nosso país é muito grande e, além disso, temos os
países vizinhos que precisam estar engajados neste sentido, pois sabemos que os
esporos da ferrugem vêm com as correntes de ar que passam também por esses
países e chegam ao nosso Estado”, destacou Starlick.

Conforme o artigo 6 da Portaria, fica instituída a estratégia de vazio
sanitário como uma das medidas fitossanitárias para o controle da praga
Phakopsora pachyrhizi . O Mapa deverá estabelecer anualmente, em ato normativo
próprio, os períodos de vazio sanitário em nível nacional, com pelo menos 90
dias sem a cultura e plantas voluntárias no campo, incluindo a semeadura.

O artigo 7 da Portaria institui o calendário de semeadura de soja como
medida fitossanitária complementar para racionalização do número de
aplicações de fungicida e redução dos riscos de desenvolvimento de
resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi às moléculas químicas utilizadas
como fungicidas para o controle da Ferrugem Asiática da Soja. Calendário de
semeadura é o período único, de até 110 dias consecutivos, para as datas de
início e término de semeadura da soja. O Mapa deverá estabelecer, em ato
normativo próprio, os calendários de semeadura de soja em nível nacional.

Encaminhamento

Após a manifestação de representantes de várias entidades do setor
produtivo do Rio Grande do Sul, ficou acertado que a data do vazio sanitário
para a safra 2022/2023 no Rio Grande do Sul será de 13 de julho a 10 de
outubro. E a data da semeadura será de 11 de outubro a 28 de janeiro para a
safra 2021/2022. A proposta será encaminhada ao Mapa até 31 de julho pela
Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja.

De acordo com o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da SEAPDR,
Ricardo Felicetti, que apresentou propostas para o vazio sanitário e o
calendário de plantio para a cultura da soja no Rio Grande do Sul durante a
reunião, a proposta a ser encaminhada ao Mapa visa equilibrar a exigência
fitossanitária para a cultura com a viabilidade econômica da soja e demais
grãos cultivados sob influência do calendário de plantio praticado pelos
sojicultores no Rio Grande do Sul. “Objetiva-se com isso a manutenção dos
ingredientes ativos para controle do fungo, com a estratégia do vazio e
calendário de plantio como medida de manejo, e a otimização da prática do
cultivo de grãos no Estado associada a essas medidas de controle”. Com
informações da assessoria de imprensa da SEAPDR.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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