Porto Alegre, 16 de agosto de 2022 – Nesta safra, muitos produtores de sorgo enfrentaram
problemas com a doença conhecida como ergot, mela ou doença açucarada. Essa doença, que ocorre
muito em condições mais frias, tem medidas de controle estabelecidas, conforme recomendam
pesquisadores. “Vários relatos da ocorrência da mela têm sido feitos por agricultores que estão
iniciando o cultivo de sorgo em áreas onde pouco se conhece a cultura. Em muitas delas, o sorgo tem
entrado como opção ao milho safrinha, por causa das altas perdas por enfezamentos”, diz a
pesquisadora Dagma Dionísia da Silva, da Embrapa Milho e Sorgo.
Apesar de seu potencial de perdas, essa doença pode ser evitada pelos agricultores com o uso de
práticas adequadas de manejo antes da semeadura e durante a fase de florescimento do sorgo. “Usar
cultivares adaptadas à região e semear na época mais adequada são práticas que ajudam a evitar
a doença açucarada do sorgo. Isso porque a severidade da doença é favorecida por temperaturas
mínimas entre 13 e 19 graus, umidade relativa de 76% a 84% e por condições desfavoráveis ao
fornecimento de pólen”, explica a pesquisadora.
“É recomendado fazer a remoção das plantas remanescentes de sorgo e das plantas hospedeiras
secundárias do patógeno. Além disso, deve-se adequar a proporção de linhagens macho-estéreis e
restauradoras em campos de produção de sementes para garantir uma boa disponibilidade de pólen,
uma vez que a infecção não ocorre em flores fertilizadas. E para uma rápida fertilização, o
agricultor deve programar o plantio para que haja boa coincidência de florescimento entre as
linhagens macho e fêmea”.
Vale ressaltar que sempre é importante realizar a rotação entre os princípios ativos/grupos
químicos para evitar pressão de seleção sobre o fungo e perda desses princípios ativos, pontua.
A pesquisadora esclarece também que “não há riscos, apesar de haver uma grande preocupação dos
produtores sobre a possibilidade de toxicidade da mela do sorgo para consumo de grãos ou silagem,
por parte de humanos e de animais, diferentemente do que ocorre com outras espécies desse gênero
de fungos”. As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa.
Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 09/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,75Preço base - Integração
Atualizado em: 15/05/2025 09:30