Porto Alegre, 11 de novembro de 2015 – A irresponsabilidade em deflagrar um
bloqueio nas estradas, usando os caminhoneiros por motivo unicamente político,
resultou na perda do espaço legítimo de reivindicação dos caminhoneiros,
que é o local de trabalho da categoria: a estrada.
Com a publicação da Medida Provisória 699/2015 o novo valor da multa
para quem bloquear estradas será de R$ 5.746,00, valor antes fixado em R$
1.915,00. O organizador terá de pagar R$ 19.154. Além disso, aqueles que
receberem multas também não poderão tomar crédito para a compra de veículos
por dez anos.
Enquanto o metalúrgico protesta em frente à fábrica, o bancário ante
à agência, o professor no portão da escola, os caminhoneiros se tornaram
exilados, sem direito de protestar no próprio local de trabalho.
Desde a semana passada a Confederação Nacional dos Transportadores
Autônomos – CNTA se posicionou contra a paralisação dos caminhoneiros nas
estradas por ter a certeza de que se tratava de um movimento político sem uma
pauta específica para a categoria.
A CNTA considerou o movimento irresponsável e acéfalo ao constatar que os
incentivadores do movimento mentiram para os caminhoneiros utilizando vídeos
falsos e gritos de ordem totalmente contraditórios. Uma hora queriam a
renúncia do Governo e a intervenção militar. Na outra, queriam redução do
preço do diesel, mas afirmavam que não iriam negociar.
A CNTA apresenta a contabilidade dos prejuízos para os caminhoneiros com
o movimento:
1 – Prejuízos físicos e materiais para os caminhoneiros que pararam nos
bloqueios forçosamente. Motoristas que ousaram a se recusar em participar
tiveram seus veículos apedrejados.
2 – Desgaste da categoria perante a mídia e a opinião pública.
3 – Perda do poder de mobilização e pressão em prol dos interesses da
categoria, já que não pode mais reivindicar no seu local de trabalho. O
caminhoneiro é o único profissional que possuía o direito legítimo de
protestar nas estradas.
A CNTA vai buscar junto ao Governo maior agilidade de resposta de alguns
itens que ainda não tiveram resposta. Enquanto houver espaço para negociação
e chance de se obter uma conquista, esse será o caminho escolhido pela
entidade. A pauta de reivindicações dos caminhoneiros continua extensa e
urgente. Esses são os principais pontos defendidos:
1 – RESERVA DE MERCADO
Reserva de 50% das cargas da administração pública aos caminhoneiros
autônomos, como condição para garantir a sobrevivência da categoria e
visando combater a formação de cartel que privilegia apenas empresas.
2 – ÓLEO DIESEL
Oferecer subsídio do Pis e Cofins na aquisição de diesel para os
caminhoneiros autônomos.
3 – PORTABILIDADE DIVIDAS FINAME E PRÓ-CAMINHONEIRO
Diante da recusa dos bancos privados em refinanciar as dívidas dos programas
Pró-caminhoneiro e Finame, o Governo pode permitir a portabilidade da dívida
dos caminhoneiros autônomos para o Banco do Brasil, já que é o único banco
que está realizando o refinanciamento.
4 – EIXO SUSPENSO
Que o Governo encontre mecanismos junto às concessionárias de pedágio para
fazer cumprir a Lei 13.103/2015 em todo o país.
5 – RENOVAÇÃO DE FROTA
Hoje há um excedente de 300 mil caminhões no mercado. A CNTA pede um programa
de renovação de frota exclusivo para caminhoneiros autônomos com subsídio
para aquisição de caminhões novos e seminovos até cinco anos de uso.
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As informações partem da Assessoria de Imprensa da CNTA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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